A Perspectiva Histórico-Política
   
 
Poema

Da pangéia à biologia molecular
Adalberto Luís Val

A biodiversidade e o novo milênio
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Panorama das línguas indígenas
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O quadro de distribuição das famílias lingüísticas na Amazônia que acaba de ser apresentado não representa senão o momento atual de um processo histórico em pleno desenvolvimento e que reflete relações políticas dos povos indígenas entre si e de cada um deles com os invasores europeus que passaram a disputar o domínio desta região a partir do século XVI. Uma olhada num mapa que registre os povos e línguas indígenas atuais, revela desde logo um fato impressionante: quase não há povos indígenas e, portanto, tampouco línguas, ao longo do vale do Amazonas, nem em boa parte de seus afluentes mais orientais. A maior concentração de povos e línguas indígenas está nos altos cursos dos rios: o mais longe possível da grande via navegável que é o Amazonas (Rodrigues 11993 a, 1993b).

Além disso, há algumas áreas de grande heterogeneidade lingüística, isto é, onde famílias lingüísticas diferentes compartilham espaços relativamente limitados: (a) o alto Xingu, onde convivem povos que falam línguas das famílias Aruák, Karíb, Tupí-Guaraní, Awetí, Trumái, e para onde confluem povos das famílias Jurúna e Jê; (b) o alto Madeira e o vale do Guaporé, onde se encontram representantes das famílias Txapakúra, Karitiána, Mondé, Tuparí, Ramaráma, Puruborá, Jabutí, Kanoê, Koaiá, Aikaná, e para onde confluem os povos das línguas Páno, Tupí-Guaraní e Nambikwára; (c) os formadores do Mamoré, onde se encontram as famílias Takána, Itonáma, Kanichána, Móvima, Mosetén, Léko, Kayuváva, Yurakaré, Chiquíto, Tuyonéri, assim como as famílias Tupi-Guaraní e Aruák; (d) os altos cursos dos afluentes setentrionais mais a oeste - o Japurá/Caquetá, o Içá/Putumayo e o Napo, onde se encontram a maior parte das famílias lingüísticas norte-amazônicas; (e) a região do alto rio Branco e da Serra Parima, onde se concentram em torno da família Yanomámi representantes das famílias Karíb e Aruák e línguas isoladas como o Máku, o Kaliána e o Awakê (Orutaní). Essas áreas de concentração de famílias lingüísticas contrastam fortemente com os grandes vazios lingüísticos que caracterizam hoje a grande parte da Amazônia central e são, naturalmente, uma das conseqüências do despovoamento que nesta se produziu. Tais áreas podem ser compreendidas como áreas do refúgio humano, não devido a mudanças climáticas antiqüíssimas (algumas podem tê-lo sido também em tempos pré-históricos), mas devido à ocupação violenta das terras mais acessíveis a partir do rio Amazonas nos últimos quatrocentos anos.

É muito provável que a maior parte dos casos de coalescência de muitas famílias lingüísticas numa mesma área seja o produto relativamente recente do processo de ocupação européia da Amazônia, o qual se iniciou mais efetivamente e da forma mais violenta, no começo do século XVII, quando os portugueses se puseram a explorar intensamente certos produtos naturais e sobretudo a força de trabalho dos povos indígenas reduzidos à escravidão. Outra conseqüência lingüística da política européia de ocupação é provavelmente o grande número de línguas isoladas, isto é, de famílias lingüísticas reduzidas a um único membro. Embora algumas línguas isoladas possam ter resultado de situações que precederam a entrada dos europeus, o número de línguas isoladas na Amazônia é muito grande para deixar de ser relacionado com a invasão européia. Afinal, ainda hoje estamos testemunhando a redução de famílias lingüísticas a um só membro, ou seja, à transformação de famílias em línguas isoladas: com o desaparecimento do Maxubí, nos últimos 50 anos, o Kanoê ficou sendo a única língua de sua família, o mesmo aconteceu com o Karitiána, ao desaparecer o Arikém, e com o Yagua, ao desaparecerem o Peba e o Yameo; quando morrer o último conhecedor de Umutina, já com mais de 60 anos de idade, o Boróro oriental passará a ser a única família Boróro; analogamente o Mundurukú e o Jurúna estão a poucos anos de tornar-se línguas únicas em suas respectivas famílias, pois já não há mais transmissão de suas irmãs Kuruáya e Xipáya, respectivamente. Mais drasticamente, quando morre o último falante de uma língua isolada, consuma-se o último ato da morte de toda uma família lingüística. Isto nos leva à pergunta: quantas famílias lingüísticas terão desaparecido na Amazônia nestes quatrocentos anos de choque dos europeus e europeizados contra os povos indígenas?

Há-se concluir eu o panorama das línguas amazônicas hoje com certeza difere consideravelmente da situação que prevalecia antes da chegada dos europeus. Há quinhentos anos não só o número de línguas e de famílias lingüísticas deve ter sido maior (cf. Rodrigues 1993 a, 1993b), mas também grande parte das línguas deve ter sido mais populosa. Sempre, na história da humanidade, deve ter havido línguas com poucos falantes e aproximando-se do desaparecimento, mas não como na Amazônia de hoje, em que a média de falantes por língua é de aproximadamente 100. Aqui quase todas as línguas são anêmicas, falta-lhes o sangue das populações, e essa anemia aqui é epidêmica. Quase nenhuma língua escapou à grande sangria levada a todas as partes, a todos os refúgios, pelas políticas de conquista da Amazônia.

A Perspectiva Pré-histórica

Dado que desapareceram muitas línguas e mesmo, provavelmente, algumas famílias lingüísticas, e dado que das línguas que sobreviveram, muitas devem ter-se deslocado significativamente das posições que ocupavam no século XVI, não é mais possível formar-se idéia muito aproximada do panorama lingüístico da Amazônia naquela época. Mas, com base no estudo histórico-comparativo das línguas que ainda podemos documentar e analisar, é possível descobrir relações pré-históricas entre muitas delas e perceber alguns dos grandes deslocamentos migratórios que precederam de séculos a chegada dos europeus e que contribuíram tanto para o panorama do século XVI, como para o atual, já que este se deriva daquele.

Os estudos histórico-comparativos das línguas amazônicas estão ainda num estágio muito incipiente e só vão progredir mais decididamente quando os estudos descritivos se intensificarem e cobrirem a grande maioria das línguas da região. Isto ainda não aconteceu, mas há agora sinais claros de que já começa efetivamente a desenvolver-se, com a formação mais sistemática, em alguns dos países amazônicos, de lingüistas realmente preparados para as tarefas de documentação, análise e interpretação dos dados lingüísticos.

Entretanto, mesmo no estado atual de nosso conhecimento é possível levantar questões relevantes para a pesquisa histórica e da pré-história. Algumas podem colocar-se desde logo mesmo para o observador menos informado: p. ex., a ampla distribuição geográfica de cada uma das três famílias maiores implica necessariamente grandes e múltiplos movimentos migratórios, já que o pressuposto implícito ou explícito no reconhecimento de uma família lingüística é a origem comum de todos os seus membros. Para a família Aruák, que se acha substancialmente representada tanto ao sul como ao norte do rio Amazonas, a primeira grande pergunta é: onde estavam os falantes do Proto-Aruák, a língua pré-histórica a partir da qual, por um longo processo de separações sucessivas, foi-se constituindo o grande conjunto que, com cerca de uma centena de línguas, ocupa grande parte do sul e do norte da Amazônia, e ainda extravasa dela tanto mais ao sul como mais ao norte? Essa pergunta vai ser, necessariamente, o móvel de muita pesquisa histórico-comparativa, embora a aproximação a uma resposta só possa ser alcançada depois de respondidas muitas outras questões de nível intermediário.

No caso da família Karíb, que se apresenta com um substancial predomínio ao norte do Amazonas e com sua distribuição no sul limitada ao vale do rio Xingu, parece intuitivo propor-lhe um ponto de partida e de expansão ao norte da América do Sul. Esta parece ter sido, em geral, a visão dos antropólogos que estudam as sociedades e as culturas da família Karíb. Há, entretanto, fatos lingüísticos que nos levam a questionar essa primeira impressão. Vou limitar-me a mencionar um só, a título de exemplo, o qual implica menor profundidade temporal, isto é, menor antigüidade. A família Tupí-Guaraní, como um todo, tem em comum com um grande número de línguas da família Karíb, sobretudo norte-amazônicas, perto de uma centena de nomes de plantas, animais e objetos culturais (Rodrigues, 1985). Essas palavras não são encontradas nas línguas das outras nove famílias que, com a Tupí-Guaraní, constituem o tronco Tupí; logo, na família Tupí-Guaraní elas devem ser consideradas como elementos não herdados do Proto-Tupí, mas sim tomados por empréstimo de alguma outra língua em certo momento da história. Se a natureza semântica das palavras em questão aponta fortemente no sentido de que se trata de empréstimos, a forma fonológica da maioria delas também as denuncia como elementos atípicos no vocabulário tupí-guaraní: enquanto neste predominam as raízes de uma e duas sílabas, as raízes daquelas palavras são quase todas de três e quatro sílabas. Como este conjunto de palavras está presente em todos os subgrupos da família Tupí-Guaraní, o momento em que se deram os empréstimos deve mais provavelmente preceder a dispersão das línguas da família, isto é, deve remontar ao Proto-Tupí-Guaraní, uma língua pré-histórica já diferenciada das que deram origem às outras famílias do tronco Tupí, mas ainda essencialmente uma antes de diferenciar-se nas muitas línguas tupís-guaranís que hoje conhecemos.

Agora, se as referidas palavras se encontram também, e como conjunto, em línguas da famílias Karíb é possível que a fonte dos empréstimos tomados pelo Proto-Tupí-Guaraní tenha sido uma língua daquela família. É claro que não se pode excluir, de antemão, uma hipótese alternativa, que seria de uma terceira fonte dos empréstimos, que os tivesse passado independentemente ao Proto-Tupí-Guaraní e a uma língua Karíb. A presença de pelo menos algumas dessas palavras em certas línguas da família Aruák poderia estimular o exame dessa hipótese, mas ao que parece se trata apenas de algumas línguas aruák norte-amazônicas, as quais possivelmente as receberam de suas vizinhas da família Karíb. É, portanto, bastante provável - embora não absolutamente concluído - que o Proto-Tupí-Guaraní tenha recebido o referido conjunto de empréstimos de uma língua Karíb. Mas onde? É mais provável que tenha sido ao sul do rio Amazonas, visto que não só a família Tupí-Guaraní é tipicamente sul-amazônica, mas também todas as demais famílias do tronco Tupi, a que ela pertence, se acham exclusivamente ao o sul daquele rio. Como há um pequeno conjunto de línguas Karíb no vale do rio Xingu, este seria um candidato a fornecedor dos empréstimos. Mas, para que pudesse ser fornecedor, deveria seu ancestral estar ao sul do Amazonas já nos tempos pré-históricos do Proto-Tupí-Guaraní. Já estaria a família Karíb dividida, naquele passado remoto, em línguas ao sul e ao norte do Amazonas, ou estaria toda, já dividida ou ainda não, somente no sul? Esta pergunta, para cuja resposta ainda vamos depender do melhor conhecimento das relações internas na família Karíb e, mais em particular, do melhor conhecimento dos três subgrupos de línguas karíb do Xingu, ressuscita, de certa maneira, a questão levantada pelo antropólogo e lingüista que descobriu e demonstrou o parentesco genético entre as línguas karíb do Xingu e as do norte do continente. Karl von den Steinen, em 1886 e 1894, já aventou , com outros argumentos, a hipótese de que o ponto de dispersão da família Karíb pudesse ter sido no centro do continente, bem ao sul do rio Amazonas (Steinen 1886, 1894).

Este exemplo, ainda que complexo, ou justamente por isso, pode dar idéia do amplo espectro de pesquisas que se abre diante dos lingüistas que queiram contribuir para o que é e o que foi a Amazônia em termos de suas línguas, por implicação necessária, dos povos e das culturas que aqui se desenvolveram e, dadas as condições políticas adequadas, podem continuar a desenvolver-se.

A Perda Qualitativa

Como não há informações sobre o número de famílias lingüísticas existentes na Amazônia do século XVI e, portanto, também não sobre o número de línguas, fica difícil calcular a quantidade de línguas e famílias que desapareceram durante o longo período de conquista ocidental desta região. Recentemente propus uma estimativa para o território brasileiro, baseada em projeções a partir da densidade lingüística na época das primeiras penetrações dos portugueses em áreas para as quais há melhor formação histórica (Rodrigues 1993 a, 1993b). Uma das áreas tomadas como ponto de partida para o cálculo foi o Brasil oriental, do rio São Francisco até o Rio de Janeiro, no século XVI; a outra foi o seguimento da Amazônia entre os rios Tapajós e Madeira, na primeira metade do século XVIII. A projeção alcançada, controlada quanto a sua plausibilidade pela densidade lingüística atual em várias regiões das Américas, da África e da Ásia, foi da ordem de 1200 línguas no início do século XVI. Uma projeção análoga poderia ser tentada para toda a Amazônia, e só a Amazônia. Seria desejável dispor de mais alguma amostragem da densidade lingüística em outros pontos desta região em momentos de primeiros contactos. Ë possível que o estudo de fontes históricas forneça ainda amostras em outros pontos da região. À falta de outra amostragem no momento podemos ensaiar uma projeção baseada np interflúvio Tapajós - Madeira, somente como uma primeira aproximação ao grau de grandeza com que devemos contar. Estimando em cerca de 300 mil Km2 a área considerada entre o Tapajós e o Madeira e sabendo que a área total da Amazônia (terra firme e várzeas) é de 3.356.000 Km2 (Grenand1982: 147), temos que esta última é 11 vezes maior que aquela. Como para a primeira operamos com o número de 45 línguas (uma redução arbitrária de 25% sobre o número de 61 povos recenseados no início do século XVIII, para compensar largamente os casos de povos que tivessem a mesma língua), projetaríamos para toda a Amazônia um número 11 vezes maior, isto é, 495 línguas no início da penetração européia. Se este número de meio milhar representar de fato uma aproximação da realidade devemos concluir que algo mais que a metade das línguas existentes antes da colonização européia já desapareceu.

A Perda Qualitativa

A Amazônia é a parte central de um continente praticamente isolado. Para os seres humanos a única ligação efetiva da América do Sul com o resto do mundo, antes do século XVI, era o istmo do Panamá, uma passagem estreita, que permitiu o povoamento do continente por povos vindos do norte, mas não facilitou o movimento de refluxo. Os povos que aqui penetraram sucessivamente foram pouco a pouco expandindo-se, ocupando os amplos espaços e readaptando-se culturalmente aos novos ambientes. As línguas faladas por eles continuaram a evoluir, isto é, a transformar-se como qualquer outra língua, perdendo algumas propriedades, desenvolvendo outras e às vezes influenciando-se mutuamente. Dado o isolamento do novo continente essas línguas não puderam mais receber influências de línguas de outras partes do mundo, nem puderam exercer influência sobre as mesmas. Assim, com o correr do tempo - e este tempo foi de pelo menos 12 mil anos - , foram se caracterizando as línguas sul-americanas tanto por propriedades que só elas conservaram, embora desaparecidas nas demais línguas, como por inovações aqui surgidas e não transmitidas a línguas de outros continentes. Por essa razão é de esperar-se que nas línguas sul-americanas e, portanto, nas línguas amazônicas se encontrem fenômenos que não se encontram em línguas de outras partes do mundo, ou então que aqui sejam mais freqüentes fenômenos que são raros noutros lugares. De fato, esta expectativa vem-se confirmando à medida em que se desenvolve o conhecimento científico das línguas amazônicas e das demais regiões da América do Sul. Já têm sido identificados fenômenos fonéticos, fonológicos, de organização gramatical, de construção do discurso e de uso das línguas que só ocorrem nesta parte do mundo. Em alguns casos, estes fenômenos exigem a revisão de pontos de teoria da linguagem antes propostos sem o seu conhecimento. Dado que a diversidade lingüística na Amazônia é extraordinariamente grande e que o estudo das línguas indígenas ainda está muito pouco desenvolvido deve-se esperar que nos próximos anos, com a ampliação e o aprofundamento das pesquisas lingüísticas na Amazônia (e em toda a América do Sul), mais fenômenos novos para a ciência sejam descobertos.

Mas, se as políticas de desenvolvimento - ou a falta delas - continuarem a determinar a rápida extinção das línguas amazônicas, é mais provável que fenômenos raros ou únicos, mas de importância crítica para a melhor compreensão da linguagem humana, vão desaparecer sem sequer terem sido identificados. Nos 500 anos passados já terá havido uma perda incalculável. São necessárias políticas para a Amazônia que, por um lado, incentivem a pesquisa científica das línguas indígenas e, por outro lado, assegurem as condições necessárias para a sobrevivência das línguas, isto é, a sobrevivência dos povos que as falam, dando-lhes o estímulo para que possam manter e desenvolver seu uso mesmo quando integrados a lingüística e socialmente às sociedades maiores que agora os envolvem. Para assegurar a sobrevivência das línguas indígenas são necessárias políticas que incentivem o bilingüismo (eventualmente o multilingüismo) envolvendo a língua própria de cada povo e a língua nacional de cada estado e que promovam a educação a partir da realidade lingüística e cultural dos povos minoritários.

Mapa político dos países amazônicos. Fonte: As línguas amazônicas hoje, p.16.

Aryon D. Rodrigues - texto reproduzido de "As Línguas Amazônicas Hoje", org. F. Queixalós e O. Renault-Lescure, ISA 2000 - São Paulo, S.P.

   
           
     

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Atualizado em 10/11/2000

   
     

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