REVISTA ELETRÔNICA DE JORNALISMO CIENTÍFICO
Dossiê Anteriores Notícias Reportagens Especiais HumorComCiência Quem Somos
Dossiê
Editorial
Prêmios e premiações - Carlos Vogt
Reportagens
Grandes nomes que fizeram história
Patrícia Santos
Rei da dinamite: “o mercador da morte está morto”
Kátia Kishi
Cientistas e escritoras no Nobel: perfil de um tabu
Gabrielle Adabo e Janaína Quitério
Além do Nobel: outras premiações que permeiam o reconhecimento de um cientista
Roberto Takata
Os percalços do Nobel: deslizes e polêmicas do grande prêmio
Ana Paula Zaguetto e Tatiana Venancio
Artigos
Enrico Fermi: de Roma a Estocolmo, passando por São Paulo e Rio de Janeiro
Francisco Caruso e Adílio Jorge Marques
O Prêmio Nobel da Paz num sistema internacional anárquico
Carlos Frederico Pereira da Silva Gama
Egas Moniz e os seus colegas do Brasil: a arquitetura de um Prêmio Nobel
Manuel Correia
A Missão Compton de 1941 no Brasil: conquistando brasileiros corações
Indianara Silva e Olival Freire Jr.
O Nobel e alguns “contos de fada”
Gabriel Pugliese
Prêmio Nobel da Economia
Nuno Valério
Resenha
A fábrica de ideias
Simone Caixeta de Andrade
Entrevista
Carlos Navia Ojeda
Entrevistado por Juliana Passos
Poema
Casa Verde
Carlos Vogt
Humor
HumorComCiencia
João Garcia
    Versão para impressão       Enviar por email       Compartilhar no Twitter       Compartilhar no Facebook
Editorial
Prêmios e premiações
Por Carlos Vogt
10/12/2014
Prêmios e premiações, que se consolidam na cultura dos grandes reconhecimentos públicos dos méritos e dos merecimentos, têm também o papel da motivação tanto dos que os ganham quanto dos que os perdem e continuam dispostos a concorrer às suas novas e futuras edições.

Os prêmios, se não forem os decorrentes dos jogos da sorte, também chamados de azar, têm, na extensão de seu alcance, a propriedade de, pelo destaque do premiado, incentivar e estabelecer exemplos de conduta que são educativos, podendo ser prazerosos e mesmo divertidos no âmbito da coletividade social em que se aplicam.
Podem ser sérios e vetustos, sem deixar de ser totalmente leves, pela abrangência difusa, sendo, contudo, pesados, pela sua importância material, ao mesmo tempo em que são uma e outra coisa, pela notoriedade que acarretam a quem os recebe.
Os contemplados por prêmios só simbólicos, pequeninos, restritos geograficamente à região de cada particular dia-a-dia, ou os contemplados por premiações espetaculares, sem fronteiras, convivem certamente com o gosto da escolha e com o sentimento do escolhido, com a sensação de singularidade que os distingue, os distancia e também os aproxima da própria humanidade ao sentirem-se únicos, diferentes mas também identificados com os que ainda não foram, mas que poderão, todavia, vir a ser premiados.
Os prêmios têm essa propriedade singular de ser de um, de muitos, de ser de todos. Por isso podem ser também motivadores de torcidas, silenciosas, militantes, arrebatadoras, ou simplesmente solidárias.
Em relação ao Prêmio Nobel, faz tempo que torcemos para que um nosso cientista, um nosso escritor, um nosso ativista da paz receba essa láurea internacional e a divida com todos, leigos ou especialistas, que gostariam de viver e compartilhar a satisfação desse reconhecimento cheio de autoridade, brilho e encantamento.

O Brasil tem, no âmbito de sua geografia cultural, prêmios já consagrados e que já fazem história, como é o caso, entre outros, do Prêmio Fundação Bunge, antigo Moinho Santista, e do Prêmio Conrado Wessel, sendo que este último, que contempla as áreas de fotografia, de cultura, de ciências e de medicina, vem se destacando nesse cenário tanto pela importância dos premiados como pelo valor material que as premiações justificadamente lhes reconhece.
Este número da revista ComCiência é dedicado a esse tema e traz, como última edição do ano que termina e primeira do que começa, o desejo e a esperança de que possa, ele próprio, ser também um prêmio entre as leituras premiadas em mais essa volta no calendário de nossas vidas.