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              Geociências da América Latina
               
										
						
            				
            
              Durante a primeira semana de dezembro estarão sendo indicados, 
              pelas reitorias das universidades envolvidas, os docentes que irão 
              representá-los na maior rede de geociências da América 
              Latina. Trata-se da Rede Geochronos, que se tornará um pólo 
              mundial de estudos geodinâmicos e ambientais proporcionando 
              a retomada de projetos de mapeamento geológicos do país 
              e melhorias nos setores estratégicos de petróleo, 
              gás, meio ambiente e mineração. Na primeira 
              quinzena do mês está prevista a primeira reunião, 
              que ocorrerá na USP, onde haverá um simpósio 
              sobre os 40 anos geocronologia no Brasil. Dentre os benefícios 
              da Rede, há a possibilidade de desenvolver tecnologia de 
              ponta para a exploração de óleo e gás, 
              implementar o conhecimento da bacia sedimentar, além de treinar 
              e capacitar mão de obra especializada nas áreas de 
              gás e óleo. 
            Segundo 
              o professor e pesquisador do Instituto de Geociências da Universidade 
              de São Paulo (USP), Colombo Tassinari, essa é a maior 
              rede em relação a recursos investidos na área 
              de geociências, da ordem de R$ 20 milhões, envolvendo 
              quatro laboratórios com equipamentos de última geração. 
              Estes laboratórios trabalharão juntos de forma coordenada, 
              para não haver sobreposição de atividades. 
              Outras redes na área envolvem o intercâmbio de informações 
              entre pesquisadores. 
            O 
              projeto resulta da parceria da Petrobras, dos ministérios 
              de Minas e Energia, Ciência e Tecnologia, da Companhia de 
              Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) do Rio de Janeiro e das Universidades 
              de São Paulo, Brasília, federais do Pará e 
              do Rio Grande do Sul. 
            A 
              Rede deverá reduzir os gastos na aquisição 
              de informações oriundas de laboratórios do 
              exterior e ações exploratórias na atividade 
              de petróleo e gás natural. De acordo com Tassinari, 
              a maior eficácia na exploração de recursos 
              naturais trará economia aos trabalhos que são normalmente 
              executados, o que poderá baratear os custos para a sociedade, 
              de uma forma geral, especialmente nos recursos energéticos. 
              Desta forma, novos investimentos em inovações tecnológicas 
              e preservação ambiental serão possíveis. 
              "Aumentando a eficácia no setor de exploração 
              a Petrobras, [por exemplo], terá mais recursos para aplicar 
              na área de preservação ambiental, mais do que 
              normalmente já aplica", afirma o pesquisador.
            Tassinari 
              explica que a USP receberá o laboratório de Geocronologia 
              por Microssonda Iônica de Alta Resolução, que 
              compõem a rede, com financiamento de US$ 3 milhões 
              da Petrobras e Fapesp, na parte de aquisição do equipamento, 
              além de outra parte que virá da Financiadora de Estudos 
              e Projetos (Finep) e USP, para aquisição do terreno 
              e construção do prédio. A Universidade já 
              conta com um corpo científico capacitado na operação 
              deste tipo de laboratório, que hoje constitui o grupo de 
              pesquisadores do Centro de Pesquisas Geocronológicas do Instituto 
              de Geociências. O laboratório permitirá a realização 
              de um grande número de análises em um curto espaço 
              de tempo, contribuindo para um aumento considerável do conhecimento 
              geológico no território nacional.
            "O 
              laboratório, que será implantado na USP, somente iniciará 
              seu trabalho de produção analítica em 20 meses 
              e os laboratórios das Universidades de Brasília, Pará 
              e Rio Grande do Sul devem entrar em operação em 2005, 
              já que receberão laboratórios mais simples", 
              explica Tassinari.
            A 
              expectativa dos pesquisadores das universidades envolvidas é 
              de poder desenvolver, no país, pesquisas que são normalmente 
              produzidas no exterior, além de novas tecnologias. "Além 
              disto, a implantação destes laboratórios deverá 
              ser um pólo concentrador de pesquisadores brasileiros e de 
              outros países da América Latina, África e Europa", 
              conclui.
            O 
              protocolo de intenções visando a criação 
              da rede foi assinado durante o XLII Congresso Nacional de Geologia, 
              ocorrido de 17 a 23 de outubro em Minas Gerais, pela ministra de 
              Minas e Energia, Dilma Rousseff, e o diretor de Exploração 
              e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella.