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Osteoporose ameaça 30 milhões de brasileiros

Graça aos avanços da medicina e à melhoria das condições de vida, hoje se vive mais. No entanto, a qualidade de vida é comprometida por problemas de saúde que surgem à medida em que nossa população se torna mais idosa. A osteoporose é um deles. O Brasil tem cerca de 10 milhões de pessoas com a doença, que é caracterizada pelo enfraquecimento dos ossos e o aumento do risco de fraturas. E os levantamentos apontam que 20% dos brasileiros - cerca de 30 milhões de pessoas - correm o risco de desenvolver a osteoporose nos próximos anos.

Na semana passada, especialistas de todo o mundo se reuniram para o Congresso Mundial de Osteoporose, que acontece a cada dois anos. O evento, sediado este ano no Riocentro, no Rio de Janeiro, foi presidido pelo reumatologista brasileiro Rubem Lederman. "A América Latina vai passar pelo maior aumento de fraturas por osteoporose nos próximos anos, comparado a outras regiões", prevê o estudioso, que é também membro do Conselho da International Osteoporosis Foundation do Brasil (IOF), uma organização mundial dedicada à luta contra a osteoporose.

A osteoporose é uma das doenças mais comuns e debilitantes. Resulta em dor, perda de movimento, inabilidade de desempenhar as atividades diárias e, em muitos casos, morte. Entre os principais fatores que contribuem para o risco da doença estão o tabagismo e o sedentarismo. Exercícios durante o início da vida aparecem como importantes na prevenção de futuras doenças ósseas, enquanto estar acima do peso aumenta o risco de fraturas.

Uma das questões amplamente discutidas no congresso foi a situação presente e a evolução futura da osteoporose na América Latina. Segundo pesquisas recentes, nos próximos cinqüenta anos, os números de fraturas de quadril em homens e mulheres, no mundo todo, dobrarão. Hoje, uma em cada quatro fraturas de quadril ocorre na América Latina e na Ásia; em 2050, este número deve aumentar para uma em duas fraturas: os Latino-americanos sofrerão mais que 600.000 fraturas de quadril, com gastos anuais diretos de 13 bilhões de dólares.

No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas sofrem com osteoporose, mas somente uma em cada três é diagnosticada. Destas, somente 20% recebe algum tipo de tratamento. Em relação ao diagnóstico, as pesquisas indicam que a densitometria óssea continua sendo a técnica mais recomendada. Para avaliar risco de fratura, de acordo com Sérgio Ragi, ortopedista da Unidade do Climatério e Menopausa da Universidade Federal do Espírito Santo, pode ser útil a ultrassonometria óssea. "É um exame simples e rápido, que usa o ultra-som como princípio físico. Chegou ao Brasil já em 1996, mas ainda não tem uma boa aceitação por parte dos médicos e, diferente de países da Europa, tem sido muito pouco utilizada no Brasil".

Pessoas interessadas em descobrir se correm risco de ter osteoporose, podem fazer o "Teste de Risco de Um Minuto" no site da IOF (em 17 idiomas, incluindo português).

Atualizado em 27/05/04
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