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Governo estimula modelo de TV digital
que contribua para inclusão

Desde a criação do Comitê para Desenvolvimento do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD) em novembro de 2003, através de decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não faltam polêmicas envolvendo a criação de um modelo nacional de televisão digital. Com o prazo para a escolha do modelo de referência se aproximando, março de 2005, o Secretário Nacional das Telecomunicações participou no último dia 13, na Unicamp, da primeira de uma série de reuniões que serão realizadas nas universidades brasileiras com objetivo de esclarecer alguns pontos e defender a idéia da criação de um modelo de TV digital nacional.

"O desenvolvimento de um modelo próprio de TV digital pode levar o Brasil a se transformar em uma referência internacional no setor de telecomunicações. Mais do que a escolha de um padrão, o SBTVD é um projeto de Estado", declarou o Secretário Nacional de Telecomunicações, Antônio Mauro de Oliveira. Mas caso a importação da tecnologia seja adotada, como o modelo norte-americano (ATSC), o europeu (DVB) ou o japonês (ISDB), haverá a necessidade de pagamento de royalties pelo seu uso.

Os modelos de TV digital utilizam um sistema de transmissão, recepção e processamento de sinais de alta definição que são compactados em formato digital. Os sinais podem ser enviados via satélite, microondas, cabos e torres de transmissão, permitindo maior agilidade e qualidade de informação, embora os custos de implementação desta tecnologia ainda são muito elevados.

Para Oliveira, o Brasil possui condições técnicas, intelectuais e respeitabilidade internacional suficientes para criar um novo modelo. Ele acredita que o modelo nacional não precisa ser criado a partir do zero. "Estamos dando chance para que nossos pesquisadores e especialistas possam trabalhar com todas as possibilidades para que o modelo escolhido seja a melhor de acordo com nossas necessidades", afirmou o secretário.

Como forma de incentivar a criação de um padrão de TV digital nacional, o governo reservou cerca de R$ 65 milhões através da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para o desenvolvimento de projetos em 79 instituições, que já foram escolhidas no mês passado. Essas instituições devem agora elaborar e apresentar projetos que procurem resolver questões de transmissão e recepção; codificação de canal e modulação; camada de transporte; camada de interatividade; aplicações e conteúdos. Nesse sentido, a adoção de um modelo nacional incentivará, em um segundo momento, o desenvolvimento de indústrias ligadas à tecnologia, como as de hardware, software, entre outras.

Inclusão digital
Na Brasil existem cerca de 60 milhões de aparelhos de televisão, eles estão presentes em aproximadamente 90% dos lares. Estima-se que esse número ultrapasse o de geladeiras ou de fogões por casa. Por outro lado, menos de 10% da população tem acesso à internet. Assim, a idéia do governo é de que essa característica nacional possa servir como estímulo ao desenvolvimento de um sistema de TV digital que transforme essa enorme quantidade de aparelhos em terminais de acesso à internet, contribuindo de forma significativa para a inclusão digital. A viabilidade técnica e financeira desse empreendimento será analisada com apoio do governo até 2005 quando espera-se já haver um modelo de referencia de TV digital nacional que apresente condições concretas para implementação.

Atualizado em 19/08/04
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