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Evento aborda o papel do artista na universidade

O Seminário Internacional de Educação Estética "Lugares do Olhar" aconteceu nos dias 15 e 16 de abril no Centro de Convenções da Unicamp, promovido pelo Laboratório de Estudos Audiovisuais (Olho) da Faculdade de Educação da mesma universidade. Durante o evento, pesquisadores do Brasil, Dinamarca, Itália, França e Canadá apresentaram algumas questões esquecidas e pouco discutidas no meio acadêmico. Uma delas foi o papel do artista na universidade discutida na palestra de Lygia Eluf, professora do Instituto de Artes da Unicamp.

Segundo Eluf, a arte passou a ser incluída nos currículos universitários após o término da segunda guerra mundial e as escolas de arte fortaleceram o academicismo das artes, que ainda hoje é a base destes cursos. No entanto, a evolução da tecnologia, das instituições de ensino e das pesquisas científicas, diz a professora, fez a arte perder seu status dentro da academia e, atualmente, não possui linhas de pesquisa específicas que atendam às suas necessidades, além de receber um número reduzido de verbas.

Para se ter uma idéia no número de pesquisadores de diferentes áreas, um estudo publicado nos Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo de 2001 (Fapesp), revela que no estado de São Paulo existiam, em 1999, cerca de 800 nas áreas de Lingüística, Letras e Artes. Nas Ciências Humanas este número chegava próximo a 2400 e nas Ciências da Saúde o total era de 3200. Já no cenário brasileiro, esses números não ficam tão diferentes: cerca de 1200 para Lingüística, Letras e Artes; 4200 nas Ciências Humanas e outros quase 5600 nas Ciências da Saúde.

Uma das principais indagações da pesquisadora refere-se ao tipo de profissional que está ajudando a formar, pois, mesmo estudando artes plásticas na universidade, muitos alunos atuam em profissões tão diversas quanto os campos da arte contemporânea atual: fotografia, computação gráfica, design gráfico, publicidade, professores de arte, entre outras.

Eluf luta para que a produção artística seja reconhecida como pesquisa dentro da universidade. "O papel do artista na universidade é difundir a arte como meio de conhecimento e seu ensino como maneira para despertar o sensível, não esquecer o que nos leva a fazer arte e principalmente atuar na formação de indivíduos que levarão essa tarefa adiante", enfatiza.

De acordo com a diretora da faculdade Agueda Bernardete Bittencourt o Seminário Internacional de Educação Estética "Lugares do Olhar" é o resultado de dez anos de pesquisa do Laboratório Olho e torna-se um marco da criação de uma nova área de investigação na faculdade. A chamada educação estética, de acordo com os organizadores do evento, promove a interdisciplinaridade através da abertura de espaços para ações reflexivas e interativas entre profissionais de diferentes áreas, além de tornar possível a reflexão e discussão do temas relativos ao conhecimento produzido.

Atualizado em 19/04/04
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