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Estudo de assuntos atuais envolve diversas disciplinas

A Escola Municipal Sylvia Simões Magro está desenvolvendo atualmente um subprojeto envolvendo três disciplinas, com a utilização de conceitos matemáticos no estudo sobre o gasoduto Brasil-Bolívia, a produção de textos sobre o assunto nas aulas de português, e o estudo das relações políticas e econômicas entre os dois países nas aulas de história.

O sub-projeto anterior trabalhado na escola foi "Violência Contra a Mulher, uma análise quantitativa". O trabalho, coordenado pelo professor de matemática, envolveu ainda as disciplinas de português, história, geografia, educação artística e informática. Os alunos fizeram coleta de dados semanais na delegacia da mulher e pesquisa em livros, jornais, revistas e na Internet. Eles também realizaram entrevistas sobre o tema com vereadores de Campinas.

Após a pesquisa e a coleta de dados, os alunos sistematizaram o perfil da mulher vítima de violência e os tipos de agressão por ela sofrida. Essa mulher tem em geral entre 18 e 40 anos (73,34% dos casos), com grau primário de instrução (60%) e profissão não especializada (60%). Nos casos de violência que envolvem todo o círculo familiar, incluindo os filhos, as ofensas, agressões e abandonos são as maiores ocorrências, podendo chegar, num estágio mais avançado, a ameaça de morte, intimidação e tentativa de homicídio.

Além de trabalhar nesses subprojetos, os alunos também tiveram uma experiência como monitores do laboratório de informática da escola. Eles orientam seus colegas de todas as séries no uso do computador. Os processadores de texto são os programas mais usados: para as séries mais avançadas, o Word; e para os alunos mais novos, o "Escritor", software desenvolvido pelo Leia dentro do Programa Eureka. O "Escritor", criado como recurso de alfabetização através do computador, recebeu em 1998, menção honrosa em concurso do Ministério da Educação.

Além de monitorar os colegas da escola, os estudantes deram um curso para pessoas da comunidade, ensinando-as a operar, além do processador de texto, programas como o Power Point e o Clip Art. A escola está tentando firmar uma parceria com o Comitê para Democratização da Informática (CDI) de Campinas, uma organização não-governamental que dispõe de equipamentos mas carece de instrutores. Se a parceria der certo, a escola oferecerá seus monitores-mirins, e em troca, a ONG substituirá os equipamentos de informática da escola, que já são bastante antigos.

 
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Atualizado em 20/12/2002
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