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Brasil tem 3ª maior rede de detecção
de raios do mundo

Já é possível acompanhar pela Internet, em tempo real, a queda de raios no Brasil, país com a maior incidência no mundo. O portal da Rede Integrada Nacional de Detecção de Descargas Atmosféricas traz informações sobre a localização e intensidade de descargas atmosféricas e sobre a localização das tempestades que ocorrem no país, além de gerar pesquisa científica.

Com 25 sensores em um terço do território nacional, a rede é a terceira maior do gênero no mundo. As outras duas grandes redes existentes estão nos Estados Unidos e Canadá. O sistema é resultado de um convênio científico-tecnológico firmado entre as geradoras de energia elétrica Furnas Centrais Elétricas (Furnas) e Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O sistema opera através do Sistema de Posicionamento Global (GPS), o que permite uma precisão média de 500 metros na localização de raios.

De acordo com Osmar Pinto Júnior, pesquisador do Inpe, as informações disponibilizadas no portal devem ser úteis principalmente para o setor meteorológico, para a Defesa Civil saber quando tempestades mais intensas estão se aproximando e em que locais, além do setor elétrico ter idéia de quais linhas de transmissão estão sendo atingidas pelos temporais. "As informações históricas, que são aquelas que estão sendo armazenadas para depois serem analisadas em termos da incidência de raios dos últimos 30 dias, por exemplo, são úteis para o planejamento do setor elétrico, de telecomunicações e da engenharia civil para proteção de residências contra raios", acrescenta.

Pinto Júnior conta que a idéia de tornar pública essas informações surgiu há três anos e a tendência é que novos conteúdos sejam disponibilizados ao longo do tempo, até mesmo no sentido de tornar o portal acessível também ao público leigo.

As descargas elétricas naturais causam um prejuízo anual de R$ 500 milhões ao país, em danos nas linhas de distribuição e transmissão de energia, redes de telefonia, indústrias, telecomunicações e propriedades privadas.

O pesquisador do Inpe acredita que a preocupação das instituições envolvidas na rede está muito mais voltada para não deixar que esse prejuízo aumente. "Esse número vem aumentando a cada ano, na medida que a sociedade vai ficando mais tecnológica, cada vez mais dependente de computadores e de outros equipamentos sensíveis. Se em cinco, dez anos, tivermos um prejuízo dessa mesma ordem e a nossa sociedade for muito mais tecnológica, teremos uma grande vantagem", revela.

Além disso, cerca de 100 pessoas atingidas por raios morrem todos os anos, o que equivale a 10% de todas as mortes relacionadas a descargas elétricas no mundo. Ao atingir um indivíduo, o raio pode causar sérias queimaduras e danos ao coração, pulmões, sistema nervoso central e outras partes do corpo. As pessoas também podem ser atingidas por descargas laterais, que são as correntes elétricas que se propagam no solo, a partir do ponto que o raio caiu.

Embora o convênio da Rede Integrada Nacional de Detecção de Descargas Atmosféricas tenha sido firmado inicialmente por quatro instituições, há interesse de ampliar a cobertura da rede por meio da participação de outras instituições. "Quanto maior o número de sensores instalados no país, maior a qualidade da informação que se obtém sobre os raios", afirma Pinto Júnior.

A previsão é de que até o próximo ano a rede cubra dois terços do território nacional. "O terço restante, talvez seja difícil de ser alcançado em curto prazo, porque envolve regiões com menor incidência de raios, que é o caso do Nordeste, ou regiões muito grandes e de difícil acesso, como a Amazônia", diz o pesquisador. Ele estima que a cobertura total do país aconteça em cinco anos. No momento, está sendo negociada a integração dos sensores do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) à rede.

Atualizado em 17/03/04
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