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Brasil quer ser o primeiro na exportação de café de alta qualidade

O país lidera a produção mundial de café, entretanto o status do produto brasileiro, no panorâmica mundial, não é tão grande quanto o seu volume de exportações. Falta qualidade - que pode ser melhorada com maiores investimentos em pesquisa e no desenvolvimento e disseminação de novas tecnologias - e falta convencer o consumidor estrangeiro de que o produto pode ser apreciado. Para se ter uma idéia, a Colômbia costuma investir cinco vezes mais que o Brasil em campanhas de marketing.

"O consumo de café no mercado mundial é grande, está em expansão, e é fortemente ligado ao prazer do consumo, às suas qualidades nutricionais e à associação da bebida à cultura, classe e requinte", afirma o diretor do Instituto Agronômico de Campinas, Cândido Bastos. Cerca de 25 milhões de famílias no mundo estão ligadas, direta ou indiretamente, à cadeia produtiva de café, 5 milhões só no Brasil.

Um dos setores que mais crescem no setor cefeeiro, atualmente, é o de produtos especiais, de alta qualidade, também conhecidos por cafés gourmet. A definição refere-se a cafés de excelente qualidade, obtidos por um conjunto de pormenores que abrangem desde o cultivo da planta à forma de preparo da bebida, possibilitando a obtenção de um café especial. Este produto tem maior valor de venda e uma forte aceitação nos mercados nacional e internacional. A expansão na participação dos cafés especiais brasileiros no mercado internacional apoia-se no aumento da qualidade do produto e em um plano de marketing.

A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), através do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e da Agência de Exportações do Brasil (APEX-Brasil), criou programas de qualidade que contribuíram para a abertura e consolidação do mercado de cafés brasileiros de alta qualidade. Estes programas abrangem desde produtores a varejistas e objetiva, além do aumento na qualidade e no consumo do café brasileiro, propiciar um aumento nas exportações do produto.

Boa parte da imagem do café brasileiro tem sido resgatada por campanhas de marketing. Entretanto, o investimento nacional nessas campanhas são ainda pequenos, por volta US$ 8 milhões ao anos, para os cafés especiais, contra US$ 40 milhões ao ano gastos pela Colômbia.

Outra área de interesse para a produção cafeeira é da oportunidade de mercado para os cafés orgânicos, que participam atualmente de 15% do mercado. Este valor tende a subir, com uma demanda crescente de 20% ao ano, segundo Paul Rice, da Transfair - organização não-governamental que concede o certificado de café FairTrade (comércio justo). Rice lembra que existe uma demanda reprimida de cafés gourmet orgânicos e com comprometimento social: pesquisas de mercado indicaram que mais de 30% dos consumidores procuram um produto com comprometimento social/econômico, ou seja, em que haja a associação entre comércio justo e produto de qualidade.

Os cafés com certificado FairTrade têm uma ampla aceitação no mercado, por conciliarem produtos de alta qualidade (café, chá e chocolate), produzidos por pequenos produtores, organizados em cooperativas, os quais recebem um maior valor pelos seus produtos, por vendê-los diretamente aos compradores internacionais. O certificado incorpora também o conceito de produção agrícola aliada à responsabilidade ambiental e pela utilização de técnicas agrícolas ambientalmente sustentáveis. "Um nicho de mercado especialmente engajado no consumo de cafés com certificado de comércio justo é o de estudantes universitários, que apresentou um crescimento de 36% no consumo deste produto em apenas seis meses após o lançamento do produto certificado nos Estados Unidos" exemplifica Rice.

A perspectiva de produção de café no Brasil, para 2004, é de 69 milhões de sacas, sendo que destas, 16 milhões destinam-se ao consumo interno. Este aumento na produção esta diretamente ligado ao investimento em pesquisa, financiadas pelo Consórcio Brasileiro de Pesquisa em Café. O consócio representa vários setores da cadeia produtiva, instituições de pesquisa, setores da agroindústria que permitiu uma maior integração entre as instituições de pesquisa, com concomitante desenvolvimento do agronegócio do café brasileiro. Recentemente, a finalização do projeto Genoma Café, financiado pela Fapesp, Embrapa e Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (CBP&D/Café), deverá abrir a "possibilidade de aplicações de grande impacto na qualidade do café brasileiro e também na cadeia produtiva cafeeira" segundo a pesquisadora do IAC, Miriam Perez Maluf.

Leia notícia sobre a finalização do Genoma Café


Atualizado em 20/01/04
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