São muitas as iniciativas que buscam prevenir a violência no mundo, mas as pesquisas de qualidade que avaliam essas ações ainda são escassas e têm pouca visibilidade. A plataforma internacional Violence Prevention (www.preventviolence.info) objetiva reunir e facilitar o acesso a estudos de avaliação com rigor científico nessa temática e faz um chamado para maior participação brasileira.

O sistema foi desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Liverpool John Moores University e o Centers for Desease Control and Prevention (CDC). No Brasil, o Centro Colaborador da OMS sobre Violência e Prevenção da Violência, no Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP), é o responsável pela participação do país na plataforma.

O portal é de acesso público e reúne trabalhos que avaliam ações, programas e estratégias em prevenção da violência. Ele permite realizar buscas por tipo de violência, palavras-chave ou país. O sistema também detalha desenhos de pesquisa, número de participantes e indicadores de resultado usados nas avaliações.

Além dos estudos de avaliação registrados, a plataforma oferece uma base de dados de evidências científicas assim como publicações-chave e outros recursos sobre o tema.

A ideia é que seja uma ferramenta para pesquisadores e formuladores de políticas públicas, dando maior visibilidade às avaliações de resultado na área da prevenção da violência.

A participação brasileira na plataforma ainda é tímida, de acordo com Maria Fernanda Peres, coordenadora do Centro Colaborador da OMS no Brasil. Para a pesquisadora, há potencial para ampliar a presença do país, já que existem grupos atuando nesse campo há alguns anos. A plataforma também pode ajudar a multiplicar estudos de avaliação e oferecer modelos que possam ser usados em novas iniciativas no contexto brasileiro.

Novos registros

A plataforma é aberta para o registro de pesquisas. São aceitos trabalhos de avaliação de ações, programas e estratégias que definem como um dos objetivos explícitos a redução de novos atos de violência.

Podem ser submetidos estudos apenas em inglês a partir do preenchimento do formulário seguindo os critérios de inclusão. Depois de verificados, os dados ficarão disponíveis para consulta pública na plataforma.