Pensamento inconsciente não existe

Por Nick Chater, publicado originalmente na revista Nautilus em 26 de julho de 2018, tradução de Amin Simaika

A descrição de Poincaré [na foto acima] de seu método particular de resolver problemas matemáticos sugere o motivo pelo qual ele era especialmente susceptível a lampejos brilhantes de entendimento. A estratégia dele era calcular o esboço da solução, sem caneta nem papel; e só então, laboriosamente, traduzir as suas intuições em linguagem matemática simbólica, a serem posteriormente checadas e verificadas. Fundamentalmente, para Poincaré, os problemas matemáticos eram transformados em problemas perceptuais: e com a intuição correta, a criação de provas seria relativamente rotineira, apesar de lenta. Um problema perceptual é exatamente o tipo de problema que pode ser resolvido em um único passo mental — contanto que encontremos exatamente a informação certa e vejamos o padrão nessa informação da maneira certa.

O grande matemático e físico francês Henri Poincaré (1854–1912) desenvolveu um interesse especial pelas origens de sua própria admirável criatividade. Suas realizações foram impressionantes: sua obra remodelou profundamente a matemática e a física — incluindo o lançamento de bases fundamentais para a teoria da relatividade de Einstein e para a análise matemática moderna do caos. Mas Poincaré também fez algumas especulações determinantes sobre de onde vieram suas ideias brilhantes: do pensamento inconsciente.

Poincaré percebeu que frequentemente ele batalhava sem sucesso com algum problema matemático, talvez durante dias ou semanas (fazendo justiça, os problemas que ele enfrentava eram difíceis, para dizer o mínimo). Então, em um momento em que não estava realmente pensando no problema, uma solução possível ocorria em sua mente. E mais tarde, quando checava com cuidado, a solução quase sempre se mostrava correta.

Como isso foi possível? Poincaré suspeitou que sua mente inconsciente estivesse ruminando abordagens possíveis do problema “em segundo plano” — e quando uma abordagem parecia esteticamente “certa”, poderia aflorar no consciente. Poincaré acreditava que esse procedimento de “pensamento inconsciente” havia sido realizado pelo que quase poderia ser um segundo self, preparado e energizado por períodos de trabalho consciente, mas capaz de trabalhar no problema em questão abaixo do nível do consciente.

Paul Hindemith, o notável compositor alemão do século XX, reporta em seu livro A composer’s world (O mundo de um compositor) uma crença semelhante, com uma metáfora surpreendente. “Todos nós conhecemos a impressão de um relâmpago muito forte na noite. Em um segundo, vemos uma ampla paisagem, não apenas em linhas gerais, mas em todos os seus detalhes. Se não pudermos, no clarão de um único momento, ver uma composição em sua absoluta inteireza, com cada detalhe pertinente em seu devido lugar, não somos criadores genuínos.”

Interpretada literalmente, a afirmação de Hindemith pareceria implicar que o processo inteiro de composição é obra do inconsciente — a partitura completa, ao que parece, é elaborada em subterfúgio por processos inconscientes, para depois despontar na consciência em um momento de incandescência espetacular. Uma vez concluído o trabalho inconsciente, o compositor precisa apenas executar o cansativo processo de passar para o papel a obra já acabada, uma atividade realmente desinteressante, considerando-se que o trabalho criativo já foi feito. A concepção de Hindemith do processamento da composição é ainda mais notável à luz da extrema complexidade e idiossincrasia do sistema musical que rege suas próprias obras.

Para contrastar, consideremos “percepção” de um tipo muito mais prosaico, em nossa batalha para entender imagens aparentemente intrigantes. Talvez você já tenha visto uma ou ambas as imagens na figura 1. Se já as viu, saberá imediatamente o que representam. Caso contrário, quase certamente lhe parecerão nada mais do que um emaranhado confuso de pontos, traços e manchas.

Figura 1

Se, a princípio, as imagens não fizerem sentido, passe um minuto ou dois inspecionando-as de perto — se tiver sorte, você poderá experimentar uma sensação bastante prazerosa quando, de repente, perceber o que as imagens representam (alerta de spoiler! Não olhe abaixo antes de ter terminado de examinar as imagens na figura 1). Se você nunca viu essas imagens, não desista logo. Vai ver que, mesmo depois de um minuto ou dois de perplexidade, você perceberá que, de repente, as imagens fazem sentido — e quando fizerem, o padrão parecerá tão óbvio que você pode se perguntar como não percebeu logo. Se ainda estiver intrigado depois de alguns minutos, olhe a figura 2, que revela tudo.

A imagem à esquerda mostra um cão dálmata farejando o chão; a imagem à direita é o “retrato” de uma vaca. São óbvios depois que você os vê — e uma vez vistos, é impossível deixar de vê-los. Essas imagens serão fáceis de entender, mesmo se você as vir daqui a anos ou décadas.

Quando o objeto de repente aparece, temos a sensação de uma compreensão súbita, mas não sabemos explicar de onde ela veio. Sem aviso, do caos surge a ordem. Não temos percepção de ficar “mais perto” ou “mais longe” da compreensão antes de ela repentinamente despontar — sentimos que estamos nos debatendo sem rumo e depois, se tivermos sorte, sentimos algo que parece um “raio que surge de um céu azul” de súbita compreensão. O problema não se resolve por uma sequência de passos que chegam cada vez mais perto da resposta. Muito pelo contrário: o ciclo de pensamento continua se agitando, explorando diferente possíveis organizações sem sinal de progresso até que, de repente, e em um único passo, surge a solução.

Agora, imagine que, em vez de permitir que você inspecionasse essas imagens continuamente por muitos segundos ou minutos, eu as tivesse mostrado rapidamente (talvez apenas uns poucos segundos por vez) uma vez por semana. Ao fim, em uma dessas ocasiões, um dálmata saltaria à vista; em outra, você seria confrontado com o olhar triste e fixo da vaca. Esses momentos de compreensão repentina poderiam parecer exigir uma explicação. Você perguntaria: “Por que a imagem faz sentido agora, e não fazia antes?”.

Uma resposta natural poderia ser: “Deve ser que eu fiquei trabalhando inconscientemente nessas imagens — e resolvi, ou resolvi parcialmente, o mistério sem ao menos saber. Então a resposta aflorou no consciente quando eu tornei a ver a imagem”. Entretanto, isso estaria muito errado — o mesmo “estalo” ocorre quando contemplamos continuamente a imagem sem oportunidade para ponderação inconsciente em segundo plano. O fenômeno de percepção súbita provém não do pensamento inconsciente, mas da natureza do problema: a busca de uma interpretação significativa com poucas pistas úteis e claras.

Esses clarões súbitos de percepção visual, que poderiam com facilidade ser erroneamente atribuídos ao pensamento inconsciente, deveriam nos tornar céticos quanto às origens inconscientes de outros clarões de percepção em matemática, ciências ou música. A introspecção, mesmo que seja a introspecção de gênios, não deve ser tomada por seu valor de face.

O cérebro é uma máquina computacional cooperativa — grandes redes de neurônios moldam coletivamente a solução de um único problema. Muito importante, o ciclo de pensamento prossegue um passo por vez. As redes de neurônios do cérebro são altamente interconectadas; dessa forma parece haver pouca margem para atribuir diferentes problemas a diferentes redes cerebrais. Se neurônios interconectados estiverem trabalhando em problemas completamente diferentes, os sinais passados entre eles estarão irremediavelmente em finalidades opostas — e nenhuma tarefa será concluída com êxito. Cada neurônio não faz ideia quais dos sinais que está recebendo são relevantes para o problema no qual está trabalhando e quais são apenas lixo irrelevante. Se o cérebro soluciona problemas através da computação cooperativa de vastas redes de neurônios individualmente lentos, então qualquer rede específica de neurônios só pode trabalhar em uma solução para um problema de cada vez.

A resolução de problemas difíceis, sejam eles problemas de matemática, de música, ou de qualquer outro tipo, é a antítese exata de um problema rotineiro, especializado, com uma rede cerebral dedicada. Ao contrário, para pensar em tais problemas, será preciso envolver a maior parte do cérebro. Dessa forma, é realmente fantasiosa a ideia que um pensamento profundo e inconsciente possa estar “rodando em segundo plano” enquanto prosseguimos com nossas vidas diárias. Com exceção de atividades rotineiras, praticadas com frequência, o ciclo do pensamento pode cuidar e processar somente um conjunto de informações a cada vez.

Poincaré e Hindemith não podem estar certos. Se eles passam seus dias pensando ativamente em outras coisas, seus cérebros não estão silenciosamente resolvendo problemas matemáticos nem compondo obras musicais complexas, talvez durante dias ou semanas, apenas para revelar os resultados em um estalo repentino. No entanto, levados pelo apelo intuitivo do pensamento inconsciente, os psicólogos têm devotado muita energia na busca de provas de trabalho mental inconsciente. Outros pesquisadores, no entanto, têm uma explicação mais simples, que absolutamente não envolve pensamento inconsciente.

Em primeiro lugar, vamos considerar o motivo que faz uma pessoa ficar travada em um problema difícil. O que esses problemas têm de tão especial é que você não consegue resolvê-los através de um conjunto rotineiro de passos — é preciso olhar o problema “do jeito certo” antes de poder progredir (por exemplo, com um anagrama, você pode precisar focar em algumas letras chave; em matemática profunda ou composição musical, o espaço de opções pode ser grande e variado). Assim, em termos ideais, a abordagem correta seria explorar com fluidez a gama de ângulos possíveis do problema até acertar. No entanto, isso não é fácil: quando ficamos examinando o mesmo problema por algum tempo, sentimos que estamos travados ou dando voltas em círculos.

Becos sem saída mentais ocorrem quando nossos cérebros não conseguem encontrar uma análise ou interpretação satisfatória. Tentativas mentais de solucionar o impasse podem, logicamente, com frequência ter êxito: descartamos algumas informações e, em vez disso, nos concentramos em informações ligeiramente diferentes. Concentramo-nos em diferentes partes de um enunciado de um jogo de palavras-cruzadas complicado. Procuramos ativamente diferentes conhecimentos que achamos que possam nos ajudar. (“Ah! Este parece um problema de geometria com círculos e ângulos; eu aprendi sobre teoremas de círculos na escola; eram sobre o quê, mesmo?”) Com muita frequência, no entanto, esses ataques deliberados a um problema falham. Na realidade, podemos nos ver percorrendo sempre o mesmo beco sem saída mental, como quando eu procuro a palavra “alcachofra, em que meu diálogo interno típico é alguma coisa como: “Não, não abacate! Não aspargo! Socorro!”.

Livrar-se de becos sem saída mentais é exatamente o que uma pausa nos proporciona. Uma mente clara tem mais probabilidade de ter êxito do que uma mente cheia de soluções parciais e sugestões que obviamente falharam. E, por pura sorte, poderíamos até esbarrar em uma dica que ajude. Porém, provavelmente o aspecto mais importante de colocar um problema de lado é que, quando voltamos a ele nós o vemos novamente, livre das tentativas fracassadas anteriores. Com frequência, nossa nova perspectiva não terá mais sucesso do que a antiga, mas, de tempos em tempos, vamos topar com a perspectiva correta — as peças do quebra-cabeça mental de repente vão se encaixar.

De vez em quando, logicamente, pensamentos espontaneamente “estalam em nossa cabeça”: nomes que tínhamos batalhado para lembrar, coisas que havíamos esquecido de fazer e, ocasionalmente, até mesmo compreensão de problemas complicados com os quais estávamos batalhando. Mas isso não é o produto de pensamento inconsciente no segundo plano. Surge quando momentaneamente voltamos a pensar em um velho problema por um momento e agora, livres dos laços mentais inúteis que nos amarravam no início, quase que instantaneamente vemos uma solução que nos fugia antes — ou, em alguns casos, vagamente suspeitávamos onde poderia haver tal solução. O termo “quase instantaneamente” é fundamental: a resposta nos vem depressa, antes mesmo de nos darmos conta que tínhamos voltado ao problema. Essa sensação de súbita percepção nunca ocorre para problemas que, se enxergados da forma correta, não podem ser resolvidos — ou parcialmente resolvidos — num instante. Suponha que eu tento e não consigo calcular de cabeça quanto é 17 x 17; não há chance de, enquanto penso ociosamente esperando no ponto de ônibus, eu, de repente, pense: “Aposto que é 289!”

Figura 2

A descrição de Poincaré de seu método particular de resolver problemas matemáticos sugere o motivo pelo qual ele era especialmente susceptível a lampejos brilhantes de entendimento. A estratégia dele era calcular o esboço da solução, sem caneta nem papel; e só então, laboriosamente, traduzir as suas intuições em linguagem matemática simbólica, a serem posteriormente checadas e verificadas. Fundamentalmente, para Poincaré, os problemas matemáticos eram transformados em problemas perceptuais: e com a intuição perceptual correta, a criação de provas seria relativamente rotineira, apesar de lenta. Um problema perceptual é exatamente o tipo de problema que pode ser resolvido em um único passo mental — contanto que encontremos exatamente a informação certa e vejamos o padrão nessa informação da maneira certa, como no caso do dálmata e da vaca triste.

As inspirações matemáticas de Poincaré, assim como as súbitas resoluções das imagens a princípio intrigantes do dálmata ou da vaca, são fundamentalmente perceptuais. Decisivamente, em nenhum dos casos a súbita revelação é produto de horas ou dias de pensamento consciente. Em vez disso, a solução é encontrada em um único passo mental quando contemplamos novamente o problema. Tendo nos desembaraçado de nossa análise incorreta anterior, por uma feliz sorte, nossos cérebros se iluminam com a solução correta.

Este ponto de vista é bem ilustrado por uma das mais famosas histórias de percepção científica: a descoberta da estrutura do benzeno realizada pelo grande cientista do século XIX August Kekulé. A inspiração despontou quando ele sonhou que uma cobra começou a engolir sua própria cauda. De repente ocorreu a Kekulé que o próprio benzeno poderia ter uma estrutura circular; e pouco tempo depois ele tinha elaborado sua análise detalhada da estrutura química do anel benzênico.

No entanto, essa percepção momentânea com certeza era uma suspeita que a estrutura do benzeno poderia ser circular; e com certeza ele deve ter seguido intermináveis pistas falsas antes de encontrar a resposta correta. Na realidade, Kekulé só soube que tinha a resposta correta depois de desenvolver cuidadosamente a estrutura detalhada do anel benzênico e verificar que funcionava. Então talvez seja melhor chamar o “lampejo de inspiração” de “lampejo de suspeita”. Naquelas raras ocasiões em que o lampejo de suspeita se mostra justificado, é muito fácil ter a ilusão que o nosso cérebro, de alguma maneira, elaborou a resposta completa e a verificou em detalhe antes de sugeri-la à mente consciente. E, se isso fosse verdade, essa cadeia de eventos, com certeza, exigiria pensamento inconsciente, e muito. Mas a verificação e a análise vêm depois do lampejo mental momentâneo, não antes.

Poderíamos nos perguntar como é que acontece de vir à mente a interpretação perceptual certa. Será que, enquanto talvez estejamos incapazes de prestar atenção ativamente a mais de uma coisa por vez, nosso cérebro pode inconscientemente vasculhar nossos arquivos mentais e pegar arquivos úteis para uso posterior? Se for esse o caso, então o inconsciente de Poincaré talvez pudesse estar rodando partes potencialmente relevantes de matemática superior armazenadas ao longo de uma vida inteira de estudo. Então, ao retornar ao problema, algumas pistas vitais para a solução poderiam estar prontamente à disposição — resultando em um lampejo de percepção. Talvez o cérebro não consiga resolver um problema inconscientemente, mas a ativação inconsciente de lembranças relevantes pode preparar o terreno para encontrar a solução.

Será que podemos encontrar provas de busca inconsciente de lembranças? Com meus colegas Elizabeth Maylor e Greg Jones da Universidade de Warwick, realizei um experimento há alguns anos que testou se buscas inconscientes de lembranças poderiam ajudar a mente consciente.

Em vez de escolher raciocínio matemático profundo, escolhemos a tarefa mais simples possível: lembrar de palavras conhecidas. Suponhamos, por exemplo, que eu lhe peça para citar quantos nomes de alimentos você conseguir. Apesar da vastidão de seu vocabulário de comida, quase certamente vai se ver desacelerando surpreendentemente rápido, com enxurradas de frutas, explosões de assados e montes de temperos, pontuados por silêncios surpreendentes e cada vez mais longos. Em vez disso, suponha que eu lhe peça para citar todos os países que puder. Embora haja 200 ou mais países reconhecidos pelas Nações Unidas, a maioria deles conhecidos por você, novamente você vai hesitar mais cedo do que poderia esperar.

Mas e se eu pedisse a você para citar a maior quantia de alimentos ou países que puder? O único modo de fazer isso é focar em comidas algum tempo e depois passar para países quando estiver ficando difícil lembrar-se de alimentos, depois voltar para alimentos quando você estiver ficando sem países — e assim por diante. Isso por si é interessante — talvez indicando que nossas memórias estão organizadas de modo que alimentos estão ligados a outros alimentos, e países estão ligados a outros países. Mas essa estratégia de alternar também é interessante por outro motivo: ela proporciona uma maneira de descobrir até que ponto somos capazes de continuar a buscar pela categoria que não estamos considerando no momento.

Se o pensamento inconsciente é impossível, qualquer busca em nossos arquivos mentais está totalmente descartada. Ou seja, se estivermos vasculhando nossa memória procurando por alimentos, não podemos simultaneamente buscar países, e vice-versa. Se fosse esse o caso, deveríamos gerar alimentos ou países mais rapidamente do que podemos gerar um ou outro separadamente.

Suponha, em vez disso, que, enquanto concentramos nossa mente consciente na geração de alimentos, os processos mentais inconscientes de busca podem trabalhar em segundo plano, desencavando uma série de países. Então, quando passamos para países deveríamos conseguir baixá-los rapidamente — eles não precisariam ser encontrados novamente, porque a busca inconsciente já os teria identificado. Se realmente for possível buscar alimentos ou países simultaneamente (embora possamos conscientemente reportar os resultados de só uma busca por vez), então a taxa na qual geramos respostas em ambas as categorias deveria ser substancialmente maior do que a taxa na qual conseguimos gerar respostas de qualquer uma das categorias sozinha.

Em uma vasta gama de estímulos de teste, os resultados foram indiscutíveis: não há absolutamente sinais que podemos buscar xx quando estamos pensando em yy no momento; ou buscar yy quando estamos pensando em xx. Assim que passamos da busca de uma categoria para outra, todos os processos de busca para aquela primeira categoria parecem cessar abruptamente. Embora fosse altamente vantajoso que um processo inconsciente continuasse funcionando em segundo plano, não há absolutamente evidências de que isso ocorra.

Um inconsciente ativo, capaz de ampliar o poder de nossas limitadas mentes conscientes, seria um benefício maravilhoso, solucionando inúmeros problemas difíceis enquanto prosseguimos com nossa vida diária, e superando o vagaroso fluxo passo a passo do pensamento consciente. Porém, definitivamente, o pensamento inconsciente, por mais atraente que seja, não passa de um mito.

Nick Chater é autor de The mind is flat: the remarkable shallowness of the improvising brainÉ professor de ciência comportamental na Faculdade de Administração de Warwick e cofundador da consultoria de investigação Decision Technology Ltd. Contribuiu em mais de 200 artigos e capítulos de livros e é autor, coautor ou coeditor de 14 livros.