REVISTA ELETRÔNICA DE JORNALISMO CIENTÍFICO
Poema
Parreiral
Por Carlos Vogt
10/03/2014

Por ninguém jamais troquei o amor trocado

em miúdos, que era grande, asssim pensava,

enquanto pela noite sozinho caminhava

em direção ao dia novo e já passado.

Não havia nem mal, nem bem acabrunhado

amor não havia que vindo não passava

com o vinho do constrangimento que o libertava

de amar demais sem ser amado.

Com o tempo as parreiras brotaram e as uvas

entraram por jornadas de mudanças

ao sol dos dias em que não havia chuvas;

no ar flanavam ferocidades mansas,

um vento persistente desenhando curvas

numa geografia plana de lembranças.