Incubadoras de empresas ficam mais fortes no Brasil

 

Incubadoras de empresas ficam mais fortes no Brasil

reportagem: Simone Pallone
edição: Rafael Evangelista
webdesign: Ingrid Lemos Costa

As incubadoras de empresas no Brasil apresentaram em 2001 um crescimento de 17,7%. Hoje são 151 espalhadas pelo país, totalizando mais de 1100 empresas residentes que geram cerca de 7.000 empregos. O número de empresas graduadas - que já saíram das incubadoras - é de 400 e algumas delas faturaram no ano passado mais de R$ 1 milhão. Os dados são da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas (Anprotec).

Sérgio Moreira, diretor-presidente do Sebrae, fez palestra ao lado de Domenico De Masi e de Luiz Bermúdez (da dir. para a esq.)

Recente encontro da comunidade reuniu mais de 600 pessoas de 29 países, o que demonstra ao mesmo tempo o fortalecimento desse tipo de empreendimento e a necessidade de um debate que avalie os rumos a seguir. Trata-se de um negócio que exige parcerias e capital de risco, sem os quais é muito difícil se manter. Mesmo assim, segundo o diretor-presidente do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Sérgio Moreira, o índice de sucesso das incubadoras de empresas é de 80%, o que na opinião dele, justifica o apoio que a entidade dá a elas e, principalmente, às empresas residentes (ou incubadas).

O Sebrae anunciou no dia 23 de outubro, o resultado de um edital que irá beneficiar 260 propostas de pequenas empresas residentes. Dessas, 42 são de novas empresas. Moreira diz que o Sebrae tem priorizado regiões que necessitam promover o desenvolvimento científico e social.

O governo federal, através da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) também lançou há pouco um convênio com a Anprotec para obter mais recursos para as empresas incubadas. Trata-se do Fórum Brasil de Inovação, que visa a atrair instituições de pesquisa e ensino superior para a execução de projetos com potencial tecnológico. Desse modo, seria viabilizada a exploração econômica da inovação resultante, seja através da formação de uma empresa para isso ou pela transferência de tecnologia para uma empresa já constituída.

Os projetos de inovação deverão ser realizados de forma associada entre grupos de pesquisa e incubadoras de empresas de base tecnológica. As incubadoras serão responsáveis pela assessoria empresarial a cada projeto. Os recursos não reembolsáveis serão obtidos do fundo setorial correspondente à área do produto a ser desenvolvido.

O diretor da Finep, Jorge Ávila, afirma que "para o primeiro ano do convênio, a proposta é que sejam destinados R$ 10 milhões, mas esta proposta ainda terá que ser aprovada pelo comitê gestor do fundo setorial". O edital para a realização do Fórum Brasil de Inovação para o Setor Petróleo e Gás Natural, com recursos do CTPetro, já foi lançado.

Mas o sucesso das incubadoras de empresas não depende apenas de financiamento. O capital de risco empregado, que neste caso é de alto risco, é apenas uma das questões que envolvem as incubadoras e as incubadas. A relação com a universidade, o mercado, os benefícios para a comunidade e a própria relação interna incubadora-incubada exigem esforços constantes.

Atualizado em 25/11/2001

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