O gênero da ciência ou sobre silêncios e temores em torno de uma epistemologia feminista

Por Larissa Pelúcio

“Elas recebem menos convites para avaliar o trabalho de seus pares. E meninas se veem como menos brilhantes desde os 6 anos”. Editoria de Ciências – El País (1)

A notícia saiu no início de 2017, trazendo dados de duas pesquisas científicas sobre o alijamento de mulheres do campo de investigações acadêmicas. A reportagem é ilustrada pela foto de divulgação do hollywoodiano Estrelas além do tempo. Naquele filme, racismo, sexismo, machismo e conservadorismo político se juntam à alta tecnologia beligerante da Guerra Fria. Nada mais representativo do mundo das ciências. O mundo que tem a razão como seu alicerce. A mesma qualidade que sustenta nossas percepções vulgares sobre o comportamento masculino. Homem => razão => civilização => branquitude => ciência => verdade. Equação que não apareceu nos infindos cálculos das protagonistas do filme, mas que definiu calculadamente o silêncio que se instituiria sobre a participação crucial daquelas mulheres na “corrida espacial”.

Mais de meio século separam Estrelas além do tempo e a matéria do jornal El País. Neste interim, sociedades de matriz ocidental assistiram ao crescimento dos movimentos identitários(2), dentre estes, o movimento feminista, manifestado em diferentes correntes políticas e de luta, mas com um elemento em comum: contestar o lugar naturalizado de opressão que justificava politicamente a desigualdade entre homens e mulheres. Naquele momento ainda não se falava em gênero como categoria de análise social. Mesmo no campo dos estudos feministas trabalhava-se muito mais com a categoria “mulher”.

Mais recentemente – recentemente demais para que possa encontrar seu caminho nos dicionários ou na enciclopédia das ciências sociais – as feministas começaram a utilizar a palavra “gênero” mais seriamente, no sentido mais literal, como uma maneira de referir-se à organização social da relação entre os sexos (Scott, 1995, p.72).

A citação acima é de Joan Scott (1995), historiadora feminista que contribui sensivelmente para conferir espessura analítica ao conceito. Historicizar o uso de um termo com a potência política e contestatória da categoria gênero é importante para que entendamos porque, no presente, estamos assistindo a um recrudescimento conservador que procura realocar no campo da natureza as desigualdades sociais.

[…] “gênero” parece ter aparecido primeiro entre as feministas americanas que queriam insistir no caráter fundamentalmente social das distinções baseadas no sexo. A palavra indicava uma rejeição ao determinismo biológico implícito no uso de termos como “sexo” ou “diferença sexual”. O gênero sublinhava também o aspecto relacional das definições normativas das feminilidades. As que estavam mais preocupadas com o fato de que a produção dos estudos femininos se centrava sobre as mulheres de forma muito estreita e isolada, utilizaram o termo “gênero” para introduzir uma noção relacional no nosso vocabulário analítico. Segundo esta opinião, as mulheres e os homens eram definidos em termos recíprocos e nenhuma compreensão de qualquer um poderia existir através de estudo inteiramente separado. (Scott, idem, ibd. Grifos meus).

Pensar em gênero por esse prisma é ampliar para além do corpo, da anatomia e do biológico, as experiências femininas e masculinas, percebendo que construímos nosso gênero de forma relacional, ou seja, nas relações sociais. As quais abarcam as instituições pedagogizantes (família, escola, igrejas), de forma que somos orientadas e orientados pelos valores hegemônicos de cada tempo e lugar, sejam para reiterar esses valores ou para enfrentá-los.

Uma das maneiras de se fazer esses enfrentamentos passa, justamente, pela forma de se construir conhecimento, quer dizer, propor outras maneiras de se pensar o mundo, as relações humanas e, assim, de fazer ciência (3). Esse lugar assegurado de produção de verdades passa a ser contestado pelos discursos feministas. “A ciência”, provoca a bióloga e feminista Donna Haraway, “é um texto contestável e um campo de poder” (1995, p. 11). Um campo dominado pelos homens, ocidentais, brancos e, desejavelmente, heterossexuais.

Desvelar esse lugar de produção de “verdades” foi (e ainda é) um ato contestatório, provocativo e potencialmente transformador. É assumir que não há neutralidade na ciência, ainda que haja objetividade e rigor metodológico. Nas palavras do pensador pós-colonial Ramón Grosfoguel,

[o]s paradigmas eurocêntricos hegemônicos que ao longo dos últimos quinhentos anos inspiraram a filosofia e as ciências ocidentais do “sistema-mundo patriarcal/ capitalista/colonial/moderno” (Grosfoguel, 2005, 2006b) assumem um ponto de vista universalista, neutro e objetivo. Algumas intelectuais feministas chicanas e negras (Moraga e Anzaldúa, 1983; Collins, 1990) e também alguns estudiosos do Terceiro Mundo, tanto dentro como fora dos Estados Unidos (Dussel, 1977; Mignolo, 2000), vieram recordar-nos que falamos sempre a partir de um determinado lugar situado nas estruturas de poder. Ninguém escapa às hierarquias de classe, sexuais, de gênero, espirituais, linguísticas, geográficas e raciais do “sistema-mundo patriarcal/capitalista/colonial/moderno”. (Grosfoguel, 2008, p. 118).

O potencial iconoclasta do conceito de gênero se evidencia desde os escritos seminais de Simone de Beauvoir (1980 [1949]), ainda que ela não tenha se valido dele para denunciar a ciência como um discurso masculinista. Discurso este que construiu “a representação do mundo, como o próprio mundo (…). Eles [os homens] os descrevem do ponto de vista que lhes é peculiar e que confundem com a verdade absoluta” (Beauvoir, 1949, p. 193 apud Adelman, 2009, p. 89).).  De forma que esses enunciados, de verdade, legitimaram posições de senso comum que colocam, até o presente, as mulheres como incomensuravelmente distintas dos homens, como seu “outro”, exterior e inferior a eles mesmos.

Muitas vezes, esse discurso aparece de maneira poética, delicada, dificultando a sua contestação, uma vez que é proposto como elogioso e enaltecedor de qualidades singulares, próprias e naturais das mulheres. De todas as mulheres.

Esse mito da mulher, como categoria universal e englobante, borra as marcas culturais, regionais, de classe, geração, filiação religiosa, entre outras que conferem espessura sociológica aos seres humanos. Essa mística do eterno feminino, é discutida pela socióloga feminista Miriam Adelman em seu imperdível A voz e a escuta:

Os homens criam os mitos da cultura ocidental e, entre estes, está o mito da Mulher, acompanhada também pela mitologia comum das “figuras masculinas convencionais”. Assim, a humanidade é dividida em duas classes, criando-se, como diz Beauvoir, um tipo de “conceito platônico” da noção de Mulher – uma Ideia ou Verdade transcendental imutável: “Assim, à existência dispersa, contingente e múltipla das mulheres, o pensamento mítico opõe o Eterno Feminino único e cristalizado” (p. 311). Esse mito é fruto de relações de poder e se constrói para servi-las pois, como afirma Beauvoir de forma contundente: “Poucos mitos foram mais vantajosos do que esse para a casta dominante: justifica todos os privilégios e autoriza mesmo abusar deles” (p. 314). (Adelman, 2009, p. 88)

O que os feminismos, em suas distintas expressões políticas, vêm propondo, é altamente desestabilizador do status quo. Se a ciência tem se constituído como o discurso hegemônico do ocidente para propor soluções, articular análises sobre fenômenos diversos e instituir verdades sobre o mundo, entende-se que enfrentar criticamente essas verdades, denunciando seus vícios de origem e suas lacunas silenciadoras, desestabiliza privilégios, mas, mais que isso, exige que desenvolvamos outro vocabulário para falar do presente.

Nas palavras da historiadora feminista Margareth Rago,

O feminismo não apenas tem produzido uma crítica contundente ao modo dominante de produção do conhecimento científico, como também propõe um modo alternativo de operação e articulação nesta esfera. Além disso, se consideramos que as mulheres trazem uma experiência histórica e cultural diferenciada da masculina, ao menos até o presente, uma experiência que várias já classificaram como das margens, da construção miúda, da gestão do detalhe, que se expressa na busca de uma nova linguagem, ou na produção de um contradiscurso, é inegável que uma profunda mutação vem se processando também na produção do conhecimento científico. (Rago, 1998, p. 02. Grifos meus).

Nessa profunda mutação, da qual nos fala Rago, começamos a nos dar conta que gênero tem pouco a ver com natureza, sendo sim um conceito atravessado por ideias políticas (pois envolvem relações de poder), sociais (pois são determinadas nas relações entre os indivíduos vivendo em sociedade), culturais (estão marcadas por valores, moralidades e crenças relativas a um conjunto amplo de significações). O que significa que aquilo que acontece em nossas vidas privadas, nas nossas casas, no interior de nossos quartos está informado e moldado por essas formas públicas de se entender o que é próprio do feminino e do masculino, da mulher e do homem, adequado para meninas ou para meninos.

De maneira que fica evidente que “o pessoal é político”. Esta curta frase se tornou mais que um slogan do feminismo no final da década de 1960, provocou também uma profunda mudança na forma de se fazer ciência e de se construir conhecimentos, como venho discutindo até aqui.

Conferir dimensão política à constituição das nossas subjetividades, mostra que o aprendizado de gênero passa por uma série persistente de normatizações que são constantemente reiteradas no sentido de adequar nosso corpo às expectativas sociais sobre como devemos usá-lo, adorná-lo, apresentá-lo, enfim, o corpo, como aquilo que nos é mais próprio e particular também se mostra um território de inscrições simbólicas em disputa.

Por essa trilha reflexiva, os corpos voltam a ter centralidade, mas não apenas como corpos reprodutores, mas corpos desejantes. Assim como há muitas formas de ser mulher ou homem, há muitas formas de se viver as feminilidades e masculinidades.

O medo do pensamento plural

Atualmente, não por acaso, temos vivido um processo intenso e sistemático de acentuação das diferenças entre homens e mulheres. Nunca o mundo de nossas meninas foi tão rosa e de nossos meninos absolutamente azul. Basta olharmos a vitrine de uma loja de brinquedos ou a seção de roupas infantis em um grande magazine. As propagandas voltadas para esse público também reforçam as fronteiras entre meninos e meninas de uma forma muito mais insistente do que quando nós mesmas/os erámos crianças.

Quer dizer, ao mesmo tempo em que participamos de mudanças culturais significativas nas quais as convenções e normas de gênero binárias e hierárquicas vêm sendo questionadas e desafiadas, temos, em contrapartida, discursos sutis, mas muito eficientes, que reforçam a diferença como incomensurabilidade, como quase impossibilidade de meninos e meninas viverem juntos. É como se um gênero “poluísse” o outro.

O fato é que, na contemporaneidade, meninos e meninas estão sendo sistematicamente educados/as para se entenderem como absolutamente diferentes uns dos outros. Mais do que isso, para se entenderem como desiguais.  De modo que, mesmo quando são muito pequenas, as crianças já mostram clara noção dessa acentuada divisão que vai marcando o masculino como ativo, forte, agressivo e racional, enquanto, em contrapartida, vai estimulando e reafirmando que o feminino é passivo, fraco, dócil e emotivo, e por isso, recusado pelos meninos, pois estes entendem rapidamente que como homens estão em posição privilegiada.

Mas se, como homens, somos naturalmente masculinos, quer dizer, ativos, agressivos, fortes e racionais, por que há a necessidade constante de reafirmamos essas qualidades por meios diversos, que vão desde o lúdico (jogos e brincadeiras) até aqueles punitivos (castigos e chacotas)? Bem, a verdade é que “ fazer de alguém um homem requer, de igual modo, investimentos continuados. Nada há de puramente ‘natural’ e ‘dado’ em tudo isso: ser homem e ser mulher constituem-se em processos que acontecem no âmbito da cultura” (Louro, 2008: 18), por isso precisam ser ensinados e aprendidos.

No terreno dos gêneros e da sexualidade, o grande desafio, hoje, parece não ser apenas aceitar que as posições se tenham multiplicado, então, que é impossível lidar com elas a partir de esquemas binários (masculino/feminino, heterossexual/homossexual). O desafio maior talvez seja admitir que as fronteiras sexuais e de gênero vêm sendo constantemente atravessadas e – o que é ainda mais complicado – admitir que o lugar social no qual alguns sujeitos vivem é exatamente a fronteira (Louro, 2008: 21).

Guacira Lopes Louro discute se as fronteiras sociais e culturais guardam analogias com as geográficas. Os lugares fronteiriços são pontos de contrabandos, de cruzamentos de limites, de muitos trânsitos, mas são também locais para as trocas, para os contatos, criam passagens para novas experiências que podem ser enriquecedoras. A vida nas fronteiras pode ser arriscada, porém, nelas podemos experimentar o contato com o diverso, o fluído, com o diferente, aprendendo com essa experiência a ser mais flexível. Talvez por isso mesmo fronteiras sejam tão vigiadas.

Mapear, cruzar, deslocar essas fronteiras têm sido uma das grandes contribuições das discussões feministas. Nelas, o conceito de gênero cumpre papel central de articulador de reflexões pujantes, por isso mesmo temidas.

Judith Butler (2003) assinala que as reificações de gêneros e identidades cristalizam hierarquias e alimentam relações de poder, o que normaliza corpos e práticas, reproduzindo privilégios e exclusões. Essa normalização das identidades – e sua consequente opressão – define padrões de comportamento rejeitando as diferenças. Diferenças estas que são sempre constituídas em intersecção com outras diferenças. Entre estas, estaria o próprio corpo, tomado em diversos momentos das discussões feministas como um substrato natural, e não como culturalmente constituído. Lembra-nos Butler que essa constituição nunca é feita de maneira neutra, mas a partir de discursos que se assentam num binarismo restritivo, no falocêntrismo e na heterossexualidade compulsória. Daí a identidade de gênero ser tomada por Butler como normalizadora, pois fixa e reifica o que é ser mulher, homem, feminino, masculino, negro, branco etc., perpetuando e reproduzindo subordinações.

A socióloga brasileira Berenice Bento (2010) escreveu que os feminismos são teorias pirotécnicas, porque nos oferecem instrumentos para o cerco, para a guerra e para o espanto. Travar esse bom combate tem nos colocado na arena disputada das ciências canônicas; atraído discursos fundamentalistas que procuram assegurar lugares de poder que autorizam subalternizações, apagam histórias e violentam corpos, mesmo quando pregam que só desejam protegê-los.

A ciência, como lugar de reflexão crítica, precisa, necessariamente, dialogar com as vozes silenciadas se queremos mesmo uma sociedade mais justa, plural e prismática.

Larissa Pelúcio é professora de antropologia da Universidade Estadual “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), no campus de Bauru.

Notas

Observação sobre o título: Para Margaret Rago “a epistemologia define um campo e uma forma de produção do conhecimento, o campo conceitual a partir do qual operamos ao produzir o conhecimento científico, a maneira pela qual estabelecemos a relação sujeito objeto do conhecimento e a própria representação de conhecimento como verdade com que operamos, deveríamos prestar atenção ao movimento de constituição de uma (ou seriam várias?) epistemologia feminista, ou de um projeto feminista de ciência. O feminismo não apenas tem produzido uma crítica contundente ao modo dominante de produção do conhecimento científico, como também propõe um modo alternativo de operação e articulação nesta esfera”. (1998, p. 03).

1. Notícia publicada em 02/01/17, na versão para o Brasil do periódico espanhol El País. Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2017/01/31/ciencia/1485861412_947023.html (último acesso em 03/02/17).

2. Os movimentos identitários são aqueles que tomam o corpo como território político no qual a identidade se inscreve, constituindo, por vezes, identidades atribuídas e desqualificadoras. O que os movimentos de luta contra a discriminação racial; pelo direito à livre expressão da sexualidade, incluindo aquelas não afinadas com a heterossexualidade; os feminismos, entre outros reivindicavam é que essas identidades sejam reconhecidas e respeitadas, ao invés de discriminadas e rechaçadas. A organização e demandas de movimentos como esses levou à politização da sexualidade, da raça e do gênero como elementos operadores de desigualdades tanto quanto a classe social, categoria priorizada nos movimentos sociais clássicos que buscavam a transformação do sistema capitalista.

3. Entendemos a ciência como uma forma específica de discurso, de conhecimento institucionalmente organizado e de poder social, que consolida sua legitimidade como parte da revolução burguesa ocidental e de sua filosofia iluminista. (…) o fato de as mulheres terem sido admitidas no mundo do conhecimento científico somente após a consolidação de suas instituições e epistemes (…) teria uma influência profunda na sua evolução, nos seus conteúdos e nas mesmas noções de cientificidade que ali imperam”. (Ruddick apud Adelman, 2009).

Referências bibliográficas

Adelman, M. A voz e a escuta – encontros e desencontros entre a teoria feminista e a sociologia contemporânea. Florianópolis: Blucher Acadêmico, 2009.

Beauvoir, S. O segundo sexo, v.I, II. Tradução Sérgio Milliet. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.

Bento, B. “Política da diferença: feminismos e transexualidade”. In: Colling, L. (org). Stonewall 40+ o que no Brasil? Salvador: Edufba, p. 79 a 110. 2011. (Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/2260/3/Stonewall%2040_cult9_RI.pdf#page=8)

Butler, J. Problemas de gênero. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

Flax, J. “Pós-modernismo e as relações de gênero na teoria feminista”. In: Buarque de Hollanda, H. (org.), Pós-modernismo e política. Rio de Janeiro: Rocco, p: 217-250, 1991. http://www.heloisabuarquedehollanda.com.br/?p=411.

Grosfoguel, R. “Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global”. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 80, p 115-147, março. 2008. (Disponível em: www.ces.uc.pt/rccs/includes/download.php?id=982)

Haraway, D. “Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial”. Cadernos Pagu (5), Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero – Pagu/Unicamp, 1995, p.7-41. (Disponível em: http://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1773)

Louro, G. L. “Gênero e sexualidade: pedagogias contemporâneas”. Pro-Posições. Campinas, v. 19, n. 2, Aug. 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pp/v19n2/a03v19n2.pdf

Rago, M. “Epistemologia feminista, gênero e história”. In: Grossi, M. e Pedro, J. Masculino, feminino, plural. Florianópolis, Ed. das Mulheres: 1996.

(Versão utilizada neste artigo foi publicado em 1998. Disponível em: http://www.historiacultural.mpbnet.com.br/feminismo/Epistemologia_Feminista.pdf

Scott, J. W. “Gênero: uma categoria útil de análise histórica”. Educação & Realidade. Porto Alegre, vol. 20, nº 2,jul./dez. 1995, p. 71- 99.