Editorial:

Fármacos e Medicamentos: Urgências
Carlos Vogt

Reportagens:
Genéricos são a linha de frente da política de medicamentos
Instrumentos de regulamentação dos genéricos
Descentralização na distribuição de medicamentos enfrenta falta de estrutura
Luta contra a Aids terá de buscar novas formas de financiamento
Aids nos países pobres: lições da experiência brasileira
Poder das
multinacionais inibe a indústria brasileira
Inovação e fomento à indústria estão entre os principais desafios
Fundação produz medicamentos de qualidade para a população carente
Falta de garantia faz Ministério acabar
com os similares
Investimento em pesquisa de fármacos
no Brasil ainda é pequeno
A questão das
patentes na política brasileira de fármacos
Conhecimento tradicional e direito à propriedade intelectual
Fitoterápiocos: o mito
do natural
Artigos:
Aproveitamento das inovações farmacêuticas no Brasil
Antônio Camargo

Fitoterápicos: alternativa para o Brasil
Lauro Barata

Cronofarmacologia e Melatonina - o hormônio que marca o escuro
Regina Pekelmann Markus
Farmacologia perde integração com a cultura
Ulisses Capozoli
Notícias e "notícias" na comunicação pública da saúde
Isaac Epstein
Inovação e Gestão em um Mundo Globalizado
Antônio Buainain
Sergio Paulino de Carvalho

Acesso aos antiretrovirais na América Central
Eloan Pinheiro
Fernanda Macedo
Cristina D'Almeida

Poema
Bibliografia
Créditos

Falta de garantia faz Ministério acabar com similares

Para acabar de vez com a confusão na hora de distinguir um remédio genérico de um similar, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou desde o último dia 15 de setembro - pela Resolução RDC N.º 36/01 - a proibição do comércio de medicamentos que apresentem nas embalagens apenas o nome do princípio ativo. Desde então, a drogaria que insista em vender tal medicamento é multada em até R$ 1,5 milhão (vale lembrar, contudo, que desde o mês de março os fabricantes de remédios tiveram a opção de transformar o similar em genérico ou em medicamento de marca, inserindo um nome fantasia).

Os tipos de medicamentos encontrados no mercado hoje são:
De referência- o primeiro a ser descoberto com determinado princípio ativo, identificado pela marca;
Genéricos- uma cópia fiel dos produtos "de referência", com bioequivalência comprovada e a vantagem de serem cerca de 40% mais baratos que o primeiro.

Apresentando-se apenas com nome do princípio ativo (substância principal de um medicamento), os similares eram responsáveis pela dúvida do usuário na hora de distinguir entre os dois tipos de remédios. A confusão geralmente era causada porque tanto o genérico como o similar, traziam em suas embalagens nomes iguais. Porém, as exigências para o registro do genérico eram mais rígidas que as do similar.

Os genéricos são identificados pelo nome do princípio ativo e na embalagem pode-se ler a frase: "Medicamento Genérico" - Lei 9.787/99", sendo que a partir do dia 5 de outubro todos estes medicamentos terão de apresentar uma tarja amarela com a letra "G" em azul. Certos medicamentos como produtos biológicos, soros, vitaminas e hormônios não podem ser transformados em genéricos, pois não há como provar sua bioequivalência.

Antes da Resolução RDC N.º 36/01 chegava a 2.549 o número de similares que não tinham marcas no Brasil. Hoje 2.067 já conseguiram obtê-las, restando 230 que ainda estão aguardando a análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para inseri-las. Deste número, 56 tornaram-se genéricos, faltando apenas 61 produtos esperando análise da Anvisa para tornarem-se genéricos também. Cerca de 135 outros medicamentos tiveram seus registros reprovados ou desistência da indústria em comercializá-los.

A Anvisa reduziu, desde o começo de março, de 120 dias para um mês o prazo de liberação para os registros de genéricos.

(SD)




Atualizado em 10/10/2001

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