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Yanis Varoufakis sobre tecnofeudalismo: big techs moldam sistema baseado na extração de trabalho não remunerado

Tradução de Luis Felipe Miguel (UnB), publicada originalmente em 27 de fevereiro de 2025 em Amanhã não existe ainda (que a revista ComCiência recomenda)

Esta entrevista foi publicada em inglês, em 20 de novembro de 2024, no blog da New Left Review e republicada em Savage Minds (Substack). Ex-ministro das Finanças e membro do parlamento grego, Varoufakis é autor de O minotauro global, lançado no Brasil pela Autonomia Literária em 2018. Seu último livro, Technofeudalism (Melville, 2024) ainda não tem edição em português, mas pode ser encontrado em espanhol. A tradução da entrevista é de Luis Felipe Miguel. Agradeço a Jaime César Coelho pela indicação. Continue lendo Yanis Varoufakis sobre tecnofeudalismo: big techs moldam sistema baseado na extração de trabalho não remunerado

Acervos bibliográficos abrigados em museus-casas são memória e patrimônio preservados

Bibliotecas carregam uma história específica na formação de seus acervos e nos prédios em que são abrigadas, além de narrarem um recorte temporal específico da história. No Estado de São Paulo, por exemplo, algumas bibliotecas estão abrigadas em museus-casas e guardam ricos acervos advindos de fundos pessoais, que pertenceram a importantes nomes da intelectualidade cultural do país. Exemplos desses acervos são as casas Guilherme de Almeida, Mario de Andrade e Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos, que são geridas pelo governo estadual em parceria com uma Organização Social, a Poiesis (Instituto de Apoio à Cultura, à Língua e à Literatura). Esses museus-casas cumprem a função de preservação e disseminação de um passado memorial.

Por Lívia Mendes Pereira Continue lendo Acervos bibliográficos abrigados em museus-casas são memória e patrimônio preservados

A musealização de acervos pessoais

A criação de um museu-casa parte da ideia de se musealizar a vida de um indivíduo, gerando uma fusão entre o prédio, a coleção e a pessoa que lá viveu. A musealização consiste em extrair física e conceitualmente de um objeto algo do seu meio natural ou cultural de origem e conferi-lo um estatuto museológico. Esses objetos-testemunhos, que pertenceram a alguém, carregam consigo bem mais que uma memória pessoal, mas uma memória coletiva. Cada um deles, em sua particularidade, conta uma história, e traz um pedaço da bibliografia nacional.

Por Lívia Mendes Pereira Continue lendo A musealização de acervos pessoais

Memória em movimento: Como os museus se transformam no TikTok

Desde o século XIX, os museus cumprem a função de guardiões da memória coletiva, atuando como mediadores entre o passado e o presente por meio da conservação e exposição de acervos. Contudo, a ascensão das tecnologias digitais reconfigurou esse papel. Plataformas como o TikTok introduzem novas formas de mediação, nas quais obras históricas são traduzidas em narrativas audiovisuais fragmentadas, interativas e adaptadas à lógica do engajamento.

Por Jorge Abrão Continue lendo Memória em movimento: Como os museus se transformam no TikTok

Era uma vez…

Outro aspecto fulcral do museu-casa são seus acervos – que devem ser adequadamente preservados, exibidos e passíveis de extroversão –, comumente advindos de coleções particulares, e aquilo que ele permite de percepção de conexões entre os elementos que os compõem e que geram uma determinada configuração de referências históricas, biográficas, artísticas e culturais, as quais podem servir não só para a preservação de memória, mas também como objeto de reflexão sobre modos de viver, de pensar e de criar próprios dos contextos em que são gerados, incluindo-se a sua necessária releitura crítica com base na visão de outra época, mas sem desconsiderar a óptica da situação de origem.

Por Marcelo Tápia Continue lendo Era uma vez…