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Não há festa sem comida: as raízes afro-indígenas na mesa das celebrações

Em todos os rituais festivos religiosos, como cultos, cerimônias, missas, festas de terreiro e procissões, há algum tipo de partilha – do preparo ao oferecimento do alimento. Pesquisadores apontam que reconhecer as origens afro-indígenas é fundamental para compreender a cultura alimentar brasileira — e também para questionar apagamentos históricos que ainda persistem.

 Por Larah Camargo e Lívia Mendes Continue lendo Não há festa sem comida: as raízes afro-indígenas na mesa das celebrações

Os Contrários dos Bois: rivalidade de bumbás amazônicos na imprensa nos primeiros anos após a abolição da escravidão

A imprensa, a despeito de um ou outro artigo mais simpático ao bumbás, regularmente publicava apelos à repressão desses grupos quando de sua circulação e de apresentações em espaços públicos. Esta preocupação correspondia ao incômodo das elites com a presença da população negra livre nas ruas, após 1888. A abolição da escravidão era uma memória recente no Brasil. Por isso, as tentativas de controle e repressão de festas, danças, músicas e outras formas de encontro da população negra, mestiça e pobre correspondiam à aspiração de intelectuais e agentes de estado de formação da nação segundo o modelo civilizacional representado pelos países hegemônicos da Europa Ocidental.

Por Antonio Maurício Costa Continue lendo Os Contrários dos Bois: rivalidade de bumbás amazônicos na imprensa nos primeiros anos após a abolição da escravidão

Lambe sujos versus caboclinhos: festa como performance e contradição

A festa consiste na representação teatral da saga do negro em busca de liberdade e tem como cenário as ruas de Laranjeiras, no interior de Sergipe, cuja história foi construída por conflitos de classes entre brancos, negros e indígenas.

Por Vanessa Regina dos Santos Continue lendo Lambe sujos versus caboclinhos: festa como performance e contradição

Gramatologia da festa: expertise e experiência, um testemunho pessoal

Uma procissão é um cortejo de corpos individuais, marchando lado a lado, corpo a corpo, criando um corpo coletivo. Corpos em desfile, constituindo um corpo processional. Um corpo constituído a partir de vários corpos, que se ligam por sentimentos e por emoções comuns. Um corpo emocional, comunidade emocional em termos weberianos, dir-se-ia. Uma corporação: corpo/coração em ação. Cor-p-ação. Corpos místicos, a serviço de um mito religioso e político, que se produzem e re-produzem coletiva e publicamente em reunião extraordinária e especialmente consagrada, em desfile público pela cidade.

Por Léa Freitas Perez Continue lendo Gramatologia da festa: expertise e experiência, um testemunho pessoal

Curupira: figura folclórica nunca é a mesma para diferentes povos

Com a chegada do colonizador europeu, muitos mitos sofreram tentativa de apagamento. Apesar disso, o guardião da floresta – que já antecipava a necessidade de práticas sustentáveis – permaneceu. 
 

PorJuliana Vicentini Continue lendo Curupira: figura folclórica nunca é a mesma para diferentes povos