Arquivo da tag: antropologia

Mudanças no curso da vida

Por Guita Grin Debert

Na esfera da produção, as mudanças relacionadas com a velocidade na implementação de novas tecnologias e a rapidez na obsolescência das técnicas fazem com que a relação entre as grades de idade e a carreira seja obliterada, na medida em que conhecimentos anteriormente adquiridos frequentemente se tornam obstáculos para a adaptação às inovações. No domínio da família, desenvolvimentos recentes na distribuição de eventos demográficos como casamentos, maternidade, divórcios e tipos de unidade doméstica apontariam uma sociedade em que a idade cronológica é irrelevante: há uma variedade nas idades do casamento, do nascimento dos filhos e nas diferenças de idades entre pais e filhos. Continue lendo Mudanças no curso da vida

Antônio Arantes: reconhecer diferença não é estimular o ódio, o ódio étnico que tem sido tão fomentado

Por Beatriz Maia

Em um país com tamanha diversidade cultural, os bens culturais celebrados como patrimônios imateriais da nação são o ponto de partida para uma discussão sobre a cultura brasileira e as inúmeras influências.
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Mesmo crime, diferentes sanções. O viés antropológico da punição

Por Suzana Petropouleas

Há vários tipos de percepção do que é a punição, desde aquelas mais ligadas ao sagrado até as condicionadas pela ordem profana. Para a antropologia, não há uma noção universal de punição, muito menos da necessidade de punir. Continue lendo Mesmo crime, diferentes sanções. O viés antropológico da punição

Algumas considerações acerca do trabalho de campo numa pesquisa sobre o poliamor no Brasil

Por Antonio Cerdeira Pilão

Este artigo apresenta algumas reflexões sobre a pesquisa de campo realizada no mestrado e no doutorado entre 2011 e 2017 no Programa de Pós Graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O termo poliamor, criado nos anos 1990 nos Estados Unidos[1], refere-se à possibilidade de estabelecer múltiplas relações afetivo-sexuais de forma concomitante, consensual e igualitária. É possível classificar três modelos básicos de relação poliamorista que se dividem em “abertas” e “fechadas”. Isto é, no primeiro caso, há a possibilidade de novos amores e, no segundo, temos a “polifidelidade”, ou seja, a restrição das experiências amorosas: Continue lendo Algumas considerações acerca do trabalho de campo numa pesquisa sobre o poliamor no Brasil