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Ações afirmativas: linha do tempo

1993 – Movimento pelas Reparações Já estima* que 3,6 milhões de africanos foram trazidos à força ao Brasil, gerando em quase 400 anos uma força de trabalho escravizada de 30,7 milhões de pessoas, com “vida útil” média de 20 anos, gerando 6,14 trilhões de dólares de receita aos escravizadores; considerando que em 1993 havia 60 milhões de descendentes de africanos escravizados (40% da população total do Brasil estimada pelo IBGE), a indenização justa por pessoa deveria ser de 102 mil dólares.

* partindo dos estudos de João Luís Ribeiro Fragoso e Manolo Florentino em O arcaísmo como projeto (editora Civilização Brasileira, 1958) Continue lendo Ações afirmativas: linha do tempo

Naomar de Almeida: Além de acesso, ações afirmativas devem transformar currículos

Por Ricardo Muniz

O epidemiologista Naomar de Almeida Filho, reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) de 2002 a 2010 e reitor pro-tempore responsável pela implantação, entre 2013 e 2017, da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), chama atenção para um transbordamento da política de inclusão de negros e negras na graduação, além de indígenas e quilombolas, que é a demanda por reestruturação radical de currículos e arquiteturas curriculares. Em sua avaliação, é urgente que as instituições avancem para que essas mudanças não sejam tópicas, apenas relacionadas ao acesso. “As universidades continuam com modelos curriculares muito atrasados e não se prepararam para receber esse contingente de pessoas que vem de histórias familiares e sociais distantes da cultura universitária.” Continue lendo Naomar de Almeida: Além de acesso, ações afirmativas devem transformar currículos

As comissões de heteroidentificação, as cotas e as identidades coringas dos pardos

Por Dagoberto José Fonseca

O fenômeno das identidades negras estimuladas pelas ações do movimento negro e pelas do Estado tem ganhado cada vez mais espaço na sociedade brasileira. Muitas pessoas, especialmente jovens e adolescentes, que no final da década de 1990 não se consideravam negros, isto é nem pretos e nem pardos, nos primeiros anos do século XXI se afirmam negros. Continue lendo As comissões de heteroidentificação, as cotas e as identidades coringas dos pardos