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Projeto vai apoiar pesquisa em ciência e tecnologia a partir da perspectiva dos saberes afro-brasileiros

Pesquisas inscritas podem ser diretamente ligadas à academia, como também associadas a coletivos, centros de pesquisa, instituições, observatórios e organizações da sociedade civil. Não precisam obrigatoriamente seguir as metodologias tradicionais, podendo, ainda, ser trabalhos tanto textuais quanto audiovisuais. Continue lendo Projeto vai apoiar pesquisa em ciência e tecnologia a partir da perspectiva dos saberes afro-brasileiros

Viva a Democracia

Por Luiz Zanin Oricchio, publicado originalmente no Estado de S. Paulo e republicado aqui com autorização do autor
 
Quando a democracia está ameaçada, é hora de dar viva à democracia. Este é o título da mostra do Itaú Cultural, que fica no ar durante seis meses. Basta entrar no site, preencher um pequeno cadastro e ver os filmes, de forma gratuita. São 12 títulos, de épocas diferentes, que se debruçam sobre a democracia brasileira, ajustando o foco sobre o processo eleitoral. Foram selecionados pelo crítico Carlos Alberto Mattos.

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A grande inversão: militares e ‘reinicialização do Estado’ no Brasil atual

Por Piero Leirner

É “fato” amplamente espalhado pela imprensa que Bolsonaro provoca constantes “intervenções” nas Forças Armadas, e que há “militares bolsonaristas” que ajudam a produzir uma “polarização” interna em relação aos “legalistas”. Pouco se percebe que Bolsonaro é um biombo, produzido justamente pelo comando das Forças Armadas para que os raios caiam sempre em um mesmo lugar conveniente. O que será dele ainda não sabemos, mas é possível falar com alguma segurança que o processo de “reinicialização” do Estado em “modo de segurança” com militares atuando como “administradores do sistema operacional” ainda está em curso. Continue lendo A grande inversão: militares e ‘reinicialização do Estado’ no Brasil atual

Tenentes vs. Bacharéis: a primeira onda do tenentismo e o começo do conflito entre os militares e o sistema jurídico no Brasil

Por Douglas Oliveira Donin

Sem a Constituição o nomeando defensor, o militar perde sua essência, torna-se um pistoleiro ou mercenário qualquer. Por isso é estranho, ou ao menos deveria ser estranho, o pensamento que uma força armada possa aspirar existir fora do sistema constitucional – como se pairasse acima dele, imune aos seus desígnios. Uma força externa, que o tutela de fora – que o aceita quando e se quiser, ao sabor da discricionaridade do comando. Seria, no mínimo,  uma contradição. Continue lendo Tenentes vs. Bacharéis: a primeira onda do tenentismo e o começo do conflito entre os militares e o sistema jurídico no Brasil

Mulheres em conflitos territoriais e comunitários na Amazônia: em memória de Dilma, Nilce e Jane

Por Laura dos Santos Rougemont

Falar de conflito implica, quase que necessariamente, falar de violência. E conflito e violência são temas que têm aparecido cotidianamente para qualquer um/a que acesse os meios de comunicação e as redes sociais.  Os primeiros meses de 2022 têm demonstrado uma profusão de conflitos, violências e guerras em várias escalas. Um dos casos mais evidentes é o conflito protagonizado por Ucrânia e Rússia, com bastante cobertura midiática, reacendendo os riscos de uma Terceira Guerra Mundial. Podemos citar também a guerra cotidiana que o povo preto e periférico enfrenta nas favelas cariocas, com brutais e inexplicáveis assassinatos de jovens negros/as, como foi o caso de Jonathan Ribeiro, 18 anos, morto no Jacarezinho por um policial militar. Conflito e violência também perpassam a guerra imposta pelos garimpeiros aos indígenas Yanomami no estado de Roraima, fronteira com a Venezuela. É ali é onde o povo indígena está sendo dizimado e, como numa espécie de releitura da colonização, vem sendo vítima de uma série de crimes em decorrência do garimpo ilegal que invadiu seu território com o incentivo do próprio governo federal. Na TI Yanomami, indígenas, dentre crianças e adolescentes, sofrem com a contaminação por mercúrio, desnutrição, ameaças, alcoolismo, bem como com crimes de cunho sexual, como assédios e estupros. Aliás, mais uma jovem indígena de apenas 12 anos acaba de morrer vítima de estupro por parte de garimpeiros. Continue lendo Mulheres em conflitos territoriais e comunitários na Amazônia: em memória de Dilma, Nilce e Jane