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Tensões entre ficção e história nas Literaturas Africanas

Por Fernanda Gallo

O debate sobre as relações de aproximação e distanciamento entre a escrita ficcional e a escrita histórica aparece, no mínimo, desde o caderno de anotações de Aristóteles intitulado “Poética”e escrito entre os anos 334 a.C. e 330 a.C., no qual o historiador é designado como um relator do que aconteceu e o poeta do que poderia acontecer, segundo a “verosimilhança e a necessidade” vigente naquele presente momento. De todo modo, ao menos até o séc. XVIII – período em que se desenvolveu uma concepção de história enquanto progresso contínuo – o fazer literário e o histórico eram entendidos como práticas narrativas próximas, sendo a disciplinarização da ciência no século XIX (e a delimitação entre o fato e a ficção num contexto de formação dos Estados-nação europeus e da ascensão da burguesia enquanto classe dominante) o marco de separação entre as duas formas de narrar. Continue lendo Tensões entre ficção e história nas Literaturas Africanas

Literaturas africanas de países de língua portuguesa são objeto de pesquisas no Brasil

Por Lívia Mendes Pereira

Convergências entre África, Brasil e Portugal estão presentes em obras contemporâneas Continue lendo Literaturas africanas de países de língua portuguesa são objeto de pesquisas no Brasil

‘Museu da revolução’, de João Paulo Borges Coelho

Por Gabriela Beduschi Zanfelice

Van para os brasileiros, chapa para os moçambicanos, carrinha para os portugueses: é no interior deste veículo, especificamente de modelo Toyota Hiace, que se passa Museu da revolução (2021) de João Paulo Borges Coelho. Ou talvez seja melhor dizer que é através deste veículo que se desenrola a narrativa, uma vez que o cenário temporal e geográfico deste belíssimo romance finalista do Prêmio Oceanos 2022 se expande por fronteiras situadas muito além daquelas estabelecidas pela lataria da Hiace. Representante emblemática de uma das principais formas de transporte coletivo em Moçambique nas últimas décadas, a van é pilotada por Bandas Matsolo, um ex-guerrilheiro da guerra de libertação de Moçambique, e co-pilotada por Jei-Jei, um moçambicano apaixonado por Jazz – cujo nome constitui uma homenagem ao trombonista estadunidense J.J. Johnson e a Ricardo Rangel, falecido fotógrafo moçambicano que foi também um grande entusiasta deste gênero musical – e dono de uma inclinação imaginativa que o impele a contar (e a co-criar), junto do anônimo narrador do romance, muitas das intrigantes e complexas histórias que lemos ao longo de Museu da Revolução. Continue lendo ‘Museu da revolução’, de João Paulo Borges Coelho

Observatório da Imprensa realiza seminário sobre o jornalismo brasileiro na última década

Imagem: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O Observatório da Imprensa realiza, dia 22 de agosto, o seminário “O Jornalismo Brasileiro na Última Década: Crise, Diversidade e Inovação”. A ideia é debater as mudanças da cobertura jornalística brasileira nos últimos 10 anos.

O evento será realizado no Instituto de Estudos Avançados (IEA/USP) e é gratuito, sem inscrições. A transmissão será feita pelo link www.iea.usp.br/aovivo

Programação
14h – Abertura: Guilherme Ary Plonsky (diretor do IEA) e Sérgio Lüdtke (presidente do Projor-Instituto para Desenvolvimento do Jornalismo)

14h15 – Diversidade no Jornalismo

Erisvan Guajajara (Mídia Índia)
Antonio Junião (Ponte Jornalismo)
Sanara Santos (É Nóis)
Ciça Cordeiro (Talento Incluir)

Moderação: Paulo Talarico (Projor/Agência Mural)

15h45 – Intervalo

16h – Jornadas de 2013 e seus efeitos no jornalismo brasileiro

Natália Viana (Agência Pública)
Patrícia Campos Mello (Folha de S. Paulo)
Carlos Castilho (Observatório da Imprensa)

Moderação: Eugênio Bucci (Projor/ECA/IEA-USP)

17h30 – Encerramento

O evento é uma realização do Observatório da Imprensa, em parceria com Projor eIEA/USP. Tem apoio do Labjor e da editora Casa da Árvore.