Por Raquel Torres
“Eu não acredito em cura pela violência”. Esta é a resposta de Nise da Silveira (1905-1999) ao ser apresentada a métodos de tratamentos psiquiátricos como lobotomia e eletroconvulsoterapia (eletrochoques). A fala resume a visão de medicina e posição ética dessa médica pioneira, que revolucionou a psiquiatria no Brasil.
Nise – o coração da loucura, longa metragem produzido em 2016 com Glória Pires no papel principal, e direção de Roberto Berliner, retrata um momento específico da trajetória de Nise, o período em que saiu da prisão (onde permaneceu por 18 meses) e retomou o exercício da medicina no hospital psiquiátrico de Engenho de Dentro, zona norte do Rio de Janeiro, em 1944. Continue lendo Sobre não se contentar com a superfície: Nise – o coração da loucura