Arquivo da tag: divulgação científica

Plataformização da comunicação alterou a relação do leitor com a informação

Muitos dos conteúdos disponíveis no ambiente digital não são mais pensados e produzidos de forma detalhada, mas são elaborados para uma leitura rápida e fragmentada nas plataformas. Todo esse processo de simplificação das informações acaba favorecendo um outro fenômeno: o espalhamento de fake news. Nesse caso, não se trata de matérias produzidas por canais de comunicação com o intuito de tratar de determinados temas, mas de mentiras estrategicamente pensadas para desinformar e dividir.

Por Eduarda A. Moreira Continue lendo Plataformização da comunicação alterou a relação do leitor com a informação

IA generativa e o papel das fontes de informação nos textos acadêmicos e de divulgação científica

A detecção automática de textos produzidos pela IA generativa é atualmente muito difícil. Os softwares de detecção estão se tornando cada vez mais eficientes, mas os modelos de IA generativa também se desenvolvem na aplicação de estratégias de paráfrase e “humanização” dos textos, o que dificulta a detecção automática. Portanto, está em jogo uma relação de forças extrema e desigual, que corre o risco de se repetir constantemente, dificultando o fornecimento de ferramentas eficazes de detecção automática aos professores.

Por Mônica Macedo-Rouet Continue lendo IA generativa e o papel das fontes de informação nos textos acadêmicos e de divulgação científica

Ciência e democracia, proposta para uma conversa

Por Peter Schulz

Esse pequeno ensaio propõe uma costura, incompleta e imperfeita, de ideias que talvez aticem algum debate sobre essa questão, que é cíclica desde o fim da última guerra mundial: ora a ciência é atacada e se manifesta, ora a ciência é deixada em paz e se cala. Esse pêndulo encerra uma importante ambiguidade. Continue lendo Ciência e democracia, proposta para uma conversa

Divulgação e cultura científica

Por Carlos Vogt, Nereide Cerqueira, Marta Kanashiro
 
A revista ComCiência, em comemoração à sua 100ª edição, publicou uma entrevista com seu diretor de redação, Carlos Vogt. Poeta e linguista, abordou as origens da revista, da cultura científica e a institucionalização da divulgação científica no Brasil. Vogt foi reitor da Unicamp, presidente da Fapesp, coordenador do Labjor e Secretário de Ensino Superior do Estado de São Paulo, e tem uma visão aguçada sobre o tema. Assim, essa edição retoma a entrevista em questão, destacando que é no espirito do conhecimento como bem público e da comunicação pública da ciência que se desenvolvem os trabalhos do Labjor e a publicação da revista ComCiência, desde a sua origem, em 1999.

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Combate à desordem informacional na pandemia de covid-19

Por Luiz Carlos Dias

O negacionismo científico, movimento que afronta a ciência e coloca vidas em risco, adota estratégias de comunicação que espalham notícias falsas e deixam as pessoas com medo. Essas notícias falsas assassinas são cruéis, repugnantes, irresponsáveis, afetam a vida das pessoas, provocam incertezas e representam um enorme desserviço para a saúde pública. Nós precisamos combatê-las com firmeza. Precisaremos de investimento em alfabetização científica, alfabetização e letramento digital, além de cobrar uma atuação mais efetiva das plataformas sociais e mapear perfis de influenciadores digitais responsáveis por ampliar o alcance de conteúdo antivacinas e de dados falsos sobre doenças, sempre respeitando a liberdade de expressão, mas desde que não interfira na segurança de políticas públicas e não traga riscos para a coletividade. Nós também precisamos garantir que agentes públicos sejam responsabilizados pela propagação e legitimação de desinformação. Continue lendo Combate à desordem informacional na pandemia de covid-19

Contra o marasmo autocongratulatório em divulgação científica

Por Peter Schulz

Nesses dias, há mais de um ano trabalhando em casa, rememoro a vida presencial anterior na universidade. Presencial, sim, mas já isolada em várias dimensões. Como era difícil (e piorou) conversar, todo mundo encastelado em seus respectivos laboratórios ou em intermináveis reuniões administrativas sem novas ideias. E assim alongam-se currículos. Mas o que se perde com isso? Um exemplo, que talvez inspire para oxigenar nossa academia: a Academia Olímpia. Continue lendo Contra o marasmo autocongratulatório em divulgação científica