Arquivo da categoria: artigo

Sobre a autopunição. Uma perspectiva freudiana

Por Claudio Eduardo Rubin

Autor aborda um viés ao qual a psicanálise dedica, desde seus primórdios, uma particular atenção. Ao sediar impulsos moralmente censuráveis num âmbito diferente da consciência, Freud colocava o primeiro degrau para uma explicação da autopunição. Continue lendo Sobre a autopunição. Uma perspectiva freudiana

Punição e educação: fragmentos da história de uma relação inacabada

Por Áurea M. Guimarães e Carolina de Roig Catini

A consolidação das instituições disciplinares conta com o processo de aprimorar a noção da “criança bem-educada” diferenciando-a dos moleques, desordeiros e vagabundos. A lógica do liberalismo se manifesta na instauração da meritocracia e competição também nas instituições escolares, nas quais a punição se desloca para o fracasso, exclusão e estigmatização daqueles que não alcançam os objetivos no tempo previsto e mensurado pelas avaliações. Continue lendo Punição e educação: fragmentos da história de uma relação inacabada

Sanções econômicas: punição ou “humanitarização das intervenções”?

Por Alcides Eduardo dos Reis Peron

Agindo mais como um mecanismo punitivo sobre as sociedades do que um dispositivo de coação política, as sanções colocam a população civil em estado de vulnerabilidade e estimulam diversas partes a um potencial conflito. Continue lendo Sanções econômicas: punição ou “humanitarização das intervenções”?

A privatização das prisões em duas perspectivas: preso como mercadoria e gestão compartilhada com Comandos

Por Camila Nunes Dias e Josiane da Silva Brito

No Brasil, a produção da delinquência se efetiva na constituição da prisão como lócus de articulação da criminalidade e de conformação de redes criminais mais amplas, densas e complexas. Para que a posição política estratégica da prisão seja preservada, faz-se necessário recriar continuamente formas de justificá-la, dispositivos técnicos e discursivos que a legitimem e permitam o fortalecimento do círculo vicioso que articula a dinâmica criminal e o encarceramento em massa como elementos políticos centrais.
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A punição no audiovisual norte-americano e brasileiro: entre o tribunal e a prisão

Por Paula Gomes

Se o audiovisual norte-americano elegeu o ambiente dos tribunais como lócus de excelência em suas produções, no Brasil prevalecem os espaços prisionais. Quais as implicações dessa diferença? Continue lendo A punição no audiovisual norte-americano e brasileiro: entre o tribunal e a prisão

Adolescentes, drogas e internet: ações de prevenção ou estímulo ao uso?

Por Geraldo Mendes de Campos e Edilaine Moraes

Uma das críticas que se faz ao canal holandês Drugslab, do YouTube, é a mesma que se fazia às antigas palestras de dependentes químicos nas escolas: alguns jovens, ao obterem informações que possam desmistificar os males causados por determinadas drogas, podem se sentir menos temerosos, mais curiosos e atraídos para a experimentação. Continue lendo Adolescentes, drogas e internet: ações de prevenção ou estímulo ao uso?

Vitaminas: dos benefícios aos riscos

Por Lucile T. Abe-Matsumoto

Não há evidências científicas conclusivas sobre o efeito das vitaminas antioxidantes (A, C e E) para a prevenção de doenças; por outro lado, há agora evidências de que altas doses de algumas vitaminas aumentam o risco de desenvolvimento de algumas doenças, incluindo o câncer.  Continue lendo Vitaminas: dos benefícios aos riscos

O previsível fiasco do ensaio clínico da fosfoetanolamina, a improvável “pílula do câncer”

Por Francisco J. R. Paumgartten

O desenvolvimento de novos medicamentos é processo complexo, longo, caro e altamente seletivo, com elevadíssima taxa de insucesso. Estima-se que de 5 mil a 10 mil moléculas que são submetidas à triagem inicial para atividade farmacológica, apenas uma se tornará um novo medicamento, aprovado para comercialização pelos órgãos reguladores e útil na prática médica. Continue lendo O previsível fiasco do ensaio clínico da fosfoetanolamina, a improvável “pílula do câncer”

A maconha na pauta das instituições

Por Monique Oliveira

Como o processo de regulamentação do canabidiol no Brasil transformou a ontologia da cannabis sativa.  O canabidiol foi regulamentado no Brasil – e a maconha não – por uma necessidade institucional daquele momento. Era possível, por exemplo, fazer uma discussão sobre a regulamentação do CBD como um fitoterápico – mas, para isso, seria necessário passar pela maconha – e as instituições não levantaram essa possibilidade. Continue lendo A maconha na pauta das instituições